Kate Walsh, estrela das séries «Grey’s Anatomy» e «13 Reasons Why», revelou que foi diagnosticada com um tumor no cérebro há pouco mais de dois anos.
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Em entrevista à Cosmopolitan, a atriz contou sobre os primeiros sintomas da proliferação e deu detalhes sobre a cirurgia.
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«Meu instrutor de pilates disse ‘Seu lado direito está caindo’, e eu não me sentia estranha, mas olhei para baixo e consegui ver. Quando eu estava dirigindo, comecei a entrar na pista direita. O cansaço era tanto que eu podia beber cinco copos de café e ainda assim não me sentir acordada. Então por volta de abril [de 2015], comecei a ter dificuldades mais cognitivas. Parecia afasia, mas não era apenas não conseguir encontrar as palavras – eu perdia meu raciocínio, não conseguia terminar frases, e foi aí que fiquei realmente preocupada. Achei que talvez fossem sintomas da menopausa, mas fui ver um neurologista, tive esse instinto. Precisei insistir por uma ressonância magnética, porque não as fazem tão facilmente, mas graças a Deus consegui, porque eu tinha um tumor grande no cérebro, no meu lobo frontal esquerdo. Três dias depois estava passando por uma cirurgia para removê-lo», disse a artista.
O tumor era benigno e tinha o tamanho de um limão de 5cm: «(Os médicos) suspeitavam que era benigno, mas só podiam ter certeza na cirurgia. Teve muito inchaço e eu comecei a sentir dores agudas na cabeça. Arrebentei com meu dedo mindinho na noite antes da ressonância magnética porque eu não tinha percepção de profundidade. Foi uma loucura. A situação era devastadora e eu fiquei muito aliviada por saber que havia algo errado, que eu não estava imaginando coisas e que meus instintos estavam corretos».
Por conta do delicado procedimento médico, Walsh ficou em repouso por nove meses antes de voltar a atuar. Quando questionada se sua experiência interpretando uma médica em «Grey’s Anatomy» a auxiliou de alguma forma nessa situação, ela negou. «Você acharia que depois de fazer Addison por boa parte de uma década, onde passei mais tempo num set de hospital do que na minha casa, eu ficaria mais confortável, mas estava com medo. No hospital, me senti como se tivesse 6 anos. Interpretei uma médica incrível na televisão, mas quando se é uma paciente, é uma experiência bem vulnerável».
«Foi uma experiência muito pessoal. Não queria falar sobre ela, mas sabia que algum dia precisaria compartilhá-la. Para mim, uma das coisas mais interessantes do diagnóstico foi que esse tumor no cérebro é duas vezes mais comum em mulheres do que homens. Pode ser muito difícil para uma mulher tirar um tempo para se cuidar — são mães, profissionais, e às vezes é difícil deixar de ser uma super mulher e pedir ajuda», finalizou.