Vinicius tinha apenas 16 anos quando pôs fim à própria vida. Ele tinha pais atentos, uma estrutura de vida confortável e um talento especial para a música e o desenho, mas sua angústia e melancolia foram catalisadas em um fórum de internet, onde ele buscou dicas de como se matar.
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A trajetória dele é o tema de “Yonlu”, de Hique Montanari, que estreia hoje. Mas, em vez do suicídio em si, o diretor optou por envolver o espectador no turbilhão emocional do protagonista, vivido pelo ator Thalles Cabral.
“Yonlu” (nome artístico de Vinicius) aposta em momentos criativos de poesia visual para retratar a solidão e sofrimento do rapaz. O roteiro acerta com uma narrativa fragmentada, que combina desenhos, textos e canções deixados pelo garoto. Tudo flui num tempo delicado, sem vitimizar ou glorificar.
Para Montanari, o longa é uma homenagem e uma ode à vida, além de um convite a uma reflexão sobre o uso indiscriminado da internet e como isso pode prejudicar pessoas fragilizadas.