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10 Segundos para Vencer: História de Éder Jofre tem ação e emoção

Divulgação

Mais do que um filme sobre boxe, 10 Segundos para Vencer, que estreia hoje, é a história de uma relação entre pai e filho. Por vezes carinhosa, em muitas outras conturbada, esta convivência construiu um dos maiores atletas brasileiros: Éder Jofre, hoje com 82 anos.

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Entre as décadas de 1950 e 1970, ele reinou quase absoluto no cenário internacional do pugilismo – primeiro como campeão do mundo na categoria galo, depois na peso pena. Foram 81 lutas, com 75 vitórias.

Sob a direção de José Alvarenga Jr, “10 Segundos para Vencer” chega aos cinemas respaldado pelas boas críticas no Festival de Gramado e, principalmente, pelo Kikito de melhor ator para Osmar Prado. É ele que, aos 71 anos, interpreta Kid Jofre, pai de Éder e também seu treinador.

“Este personagem é um divisor da minha carreira”, destacou Prado no festival, depois dos aplausos emocionados do público. Éder também ganhou uma atuação impressionante de Daniel de Oliveira, que treinou durante 11 meses para convencer nos ringues do filme.

Juntos, os dois revivem uma trajetória de dedicação ao esporte que nasceu praticamente da necessidade: a família Jofre era muito pobre e o jovem Éder viu nas lutas a possibilidade de trazer alguma renda para casa, num bairro pobre de São Paulo.

O percurso não foi nada fácil e beirou o sacrifício, incluindo restrições a qualquer lazer – chega a ser cruel a sequência em que Éder precisa perder dois quilos em tempo recorde, indo para o ringue quase desidratado.

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Apesar da fama e de suas conquistas, o lutador também viveu o dilema de abandonar as lutas e se dedicar à mulher e aos dois filhos, que mal viu crescer.

É nesse tom, combinando realidade com emoção, que o roteiro prende a atenção até mesmo do espectador não identificado com o esporte.

Se em Hollywood filmes sobre boxe são quase um subgênero (é só lembrar de “Touro Indomável” e “Rocky”), no Brasil o estilo era até então praticamente inédito.

Alvarenga optou por uma narrativa clássica, apostando na força dos personagens e na coreografia das lutas, inclusive com cenas de arquivo. “Esporte é sentimento, é a expectativa da vitória. E o boxe trabalha muito bem isso, os golpes são quase uma dança”.

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