Há 44 anos, em plena ditadura militar, Hilda Dias dos Santos e seu filho, Antonio Carlos, criavam o primeiro bloco afro do Brasil, em Salvador.
ANÚNCIO
De lá para cá, o Ilê Aiyê nunca deixou de desfilar e se transformou em um dos mais importantes símbolos de resistência da cultura negra e do combate ao racismo no país. É esse legado que será celebrado, a partir desta quarta-feira (3), com a abertura de mais uma Ocupação que toma conta do Itaú Cultural (av. Paulista, 149, Paraíso, tel.: 2168-1777; de ter. a sex., das 9h às 20h; sáb. e dom., das 11h às 20h; grátis).
Leia mais:
Evento gratuito em SP discute ecos do conflito entre esquerda e direita ocorrido em 1968
Paul McCartney diz que precisa reaprender letras dos Beatles antes de cada show
A exposição passeia por diferentes aspectos do bloco, que se desdobrou em projetos educativos e culturais sediados no bairro do Curuzu, na capital baiana. São apresentados desde a influência das religiões de matrizes africanas nos ritos do Ilê Aiyê aos coloridos tecidos e adereços utilizados pelas mulheres que desfilam no bloco, passando pelos tambores que marcam o som dos desfiles – um dos espaços interativos da mostra.
A atuação do Ilê Aiyê é apresentada ainda em registros de época, como vídeos, croquis de carros alegóricos e recortes de jornal que documentam sua trajetória, bem como depoimentos de personalidades como Daniela Mercury e Margareth Menezes.
Programação musical
A música também se faz presente na mostra, que ganha uma programação paralela no Auditório Ibirapuera, com ingressos a R$ 30.
Na sexta-feira (5), às 21h, o grupo divide o palco com os blocos paulista Ilu Inã e Ilú Obá de Min, em um espetáculo de ritmo que entoa músicas como “Mais Belo dos Belos” e “Deusa do Ébano”.
No sábado (6), também às 21h, o show acontece com as participações de Xenia França e Luedji Luna.