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Samurai Shirô: Graphic novel imagina Yakuza no bairro da Liberdade

Danilo Beyruth apresenta “Samurai Shirô”, investida que aproxima a Yakuza e a tradição samurai ao bairro da Liberdade, em São Paulo.

A máfia japonesa parece um universo distante do Brasil, mas suas várias representações no cinema serviram de combustível para a mais nova graphic novel de Danilo Beyruth.

Mais conhecido por ter repaginado o personagem Astronauta, criado por Mauricio de Sousa, no projeto Graphic MSP, o artista apresenta agora “Samurai Shirô”, investida que aproxima a Yakuza e a tradição samurai ao bairro da Liberdade, em São Paulo.

O livro acompanha dois personagens às voltas com descobertas do próprio passado que podem definir seus rumos no presente.

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Um deles é Akemi, jovem lutadora de kung fu que mora na Liberdade e se sente perdida após a misteriosa morte do avô. Outro é um sujeito que desperta de um coma com amnésia – a única pista de sua identidade é uma espada samurai encontrada junto a ele.

Os dois acabam se esbarrando enquanto fogem dos tatuados integrantes da Yazuka, a máfia japonesa, em uma trama cheia de ação.

Para criar “Samurai Shirô”, Beyruth tomou emprestado referências do cinema. “Curto muito cinema americano da década de 1970, os filmes de samurai do Akira Kurosawa e essa figura do anti-herói. Sinto muita falta dessa mais aventuresca e policial em um cenário brasileiro, que é extremamente rico”, afirma o artista.

O desejo de explorar elementos nacionais já havia se manifestado com força na premiada “Bando de Dois” (2011), que deu ares de faroeste ao cangaço, e volta agora em torno da maior comunidade nipônica fora do Japão.

O traço em preto e branco remete ao universo dos mangás, mas essa opção tem uma origem bem mais prosaica.

“Confesso que, na hora em que desenho, sinto que o traço já está pronto em preto e branco. Não tenho a menor vontade de colorir 180 páginas! (risos) E isso encarece os custos… Mas acho que [essa escolha] cabe, já que ‘Samurai Shirô’ é um pouquinho mais violento, adulto e policial.”

A alusão ao cinema é bastante viva nos quadros, repletos de cenas de luta cheias de movimento. Não é à toa que a graphic novel já tem roteiro pronto para ser adaptada ao cinema em um longa a ser dirigido por Vicente Amorim, com quem o quadrinista trabalhou em “Motorrad”.

“Na HQ, a história ganha vida na sua frente, como em um slide show. Essas são duas linguagens paralelas, e essa é uma tendência atual do cinema”, diz Beyruth.

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