Os protagonistas de “Todas as Canções de Amor”, que estreia nesta quinta-feira (8), são dois casais totalmente estranhos um ao outro. Separados por décadas de distância, eles têm em comum o apartamento onde vivem, no centro de São Paulo, e uma mixtape, deixada no imóvel, que embala as desventuras do quarteto.
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No presente, Marina Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso vivem recém-casados envoltos nas delícias do início de uma vida a dois. No passado, acompanhamos os personagens de Luiza Mariani e Julio Andrade no crepúsculo de uma relação. Ao encontrarem a já mencionada fita cassete em seu novo lar, os jovens apaixonados buscam nas músicas indícios de como era o dia a dia dos antigos inquilinos.
São canções que fazem uma ode à MPB, como “Drão” e “Menino Bonito”, selecionadas pela diretora Joana Mariani, em parceria com Maria Gadú. O desafio da cineasta, que faz sua estreia à frente de longas-metragens, é equilibrar a força da trilha sonora com a presença cênica dos atores. “É fácil o público prestar atenção só na música se os personagens não estiverem muito bem definidos”, explica.
O resultado é uma produção sensível e intimista, rodada quase inteiramente entre quatro paredes e que exala romance a cada quadro. “Acho que o filme toca de acordo com o momento que cada um passa e todo mundo pode se identificar”, afirma Marina.
Para Gagliasso, “Todas as Canções de Amor” funciona como uma espécie de livro de cabeceira, que deve ser visto e revisto quando necessário. “Acho que ele surge em uma época muito boa. Precisamos sentir o outro à flor da pele novamente. Acho que vou recorrer a ele sempre quando precisar estar sensível e disponível”, afirma o ator.