Depois de três anos sem produzir trabalhos novos, o Muse retorna para a cena musical com seu oitavo álbum de estúdio, “Simulation Theory”.
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O grupo se afastou da pegada futurística do último disco, “Drones” (2015) e voltou ao pop rock psicodélico que o levou ao sucesso.
A vibe de distopia e de rebelião contra as máquinas, elemento presente em toda a discografia do Muse, aparece tanto nas letras e nas batidas das faixas. O álbum começa com “Algorithm”, que logo adverte: “Estamos presos em uma simulação / Os algoritmos evoluem / nos descartam e nos tornam obsoletos.”
Se em “The 2nd Law” (2012) tudo convergia para o caos, e em “Drones” a inteligência artificial nos controla, a teoria da simulação do novo álbum se apresenta como um desabafo das vítimas do que restou do apocalipse.
Apesar de investir pesado no eletrônico, o álbum tem também uma veia pop, manifestada principalmente em “Propaganda”, que parece uma sátira ao gênero EDM. Já “Break It To Me” é uma fusão synthpop que deixa o ouvinte sem saber se amou ou odiou o resultado final.
“Get Up And Fight” e “The Void”, que fecha o disco, matam a saudade do rock progressivo, que consagrou a banda com o álbum de estreia “Origin of Symmetry” (2001). Nelas, os vocais guturais de Matt Bellamy sustentam as músicas e fazem as batidas ganharem significados únicos.
Rock in Rio 2019
Pela segunda vez, o Muse sobe ao Palco Mundo em uma edição do Rock in Rio. O grupo encerra o festival no domingo, 6 de outubro. Quem também se apresenta nesse dia são os Paralamas do Sucesso, seguidos por Nickelback e Imagine Dragons. METRO rio