Uma semana após a paródia de «Chaves» ser exibida pela TV Globo no programa «Tá no Ar», o Grupo Chespirito se posicionou a respeito do assunto. Na chamada «Vila Militar do Chaves», uma representação do vilarejo em que se passa o humorístico mexicano, um capitão, que seria uma comparação com o presidente Jair Bolsonaro, diz ao Seu Madruga para «já ir se acostumando» a pagar os 14 meses de aluguel.
Além disso, no roteiro, o militar chama o pai da Chiquinha de «vagabundo» por estar desempregado, critica Chaves por não ter casa, o Professor Girafales por ensinar «ideologia de gênero e darwinismo». Não satisfeito, o mesmo personagem diz para Seu Madruga que ele «deu uma fraquejada» ao ser pai de menina – em uma clara referência a fala de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Fãs do seriado «Chaves» dividiram opiniões sobre a paródia. A Televisa e o Grupo Chespirito não foram consultados sobre o cenário e o figurino que seriam utilizados em Tá no Ar.
Nesta terça-feira, 22, a empresa, gerida pelo filho de Roberto Gómes Bolaños, criador da série, se posicionou publicamente sobre o assunto: «O Grupo Chespirito não aprova, nem compartilha das opiniões ou pensamentos apresentados no esquete do Chaves exibido no programa Tá no Ar».
Ainda de acordo com a nota, a empresa respeita a liberdade de expressão e pensamento, «mas não se associa a qualquer opinião e conceito geral e político expressado pelos atores caracterizados como personagens do Chaves».
O Grupo Chespirito encerra a publicação agradecendo o carinho do público brasileiro, sempre «tão apaixonado pelos personagens de Roberto Gómez Bolaños».