Entretenimento

Vice: Com 8 indicações ao Oscar, filme com Christian Bale é ‘House of Cards’ da vida real

Ator venceu o Globo de Ouro pelo papel Divulgação

Lido em português, o título de “Vice” elimina um trocadilho que faz toda a diferença no original em inglês. Nos Estados Unidos, ele faz referência direta ao personagem principal do filme, o político republicano Dick Cheney, que ficou internacionalmente conhecido ao assumir a vice-presidência americana no governo de George W. Bush, entre 2001 e 2009.

ANÚNCIO

Mas “vice” também significa “vício”, e é a devoção quase monástica de Cheney ao poder que está no centro do longa indicado a oito Oscars.

Leia mais:
Crítica: ‘No Portal da Eternidade’ relaciona genialidade de Van Gogh a instabilidade
Crítica: ‘A Esposa’ joga luz sobre Glenn Close; atriz pode vencer seu primeiro Oscar

Nele, o diretor e roteirista Adam McKay retoma o jeito descolado de narrar episódios complicados que lhe rendeu o prêmio da Academia pelo roteiro original de “A Grande Aposta” (2015), ambientado na crise econômica de 2008.

O foco recai agora, no entanto, sobre os bastidores da política americana, numa espécie de “House of Cards” da vida real, o que torna todos os conchavos e alianças ainda mais assustadores, mesmo que narrados como comédia.

Vivido por Christian Bale, vencedor do Globo de Ouro de melhor ator cômico pelo papel – para o qual engordou 18 quilos –, Cheney é mostrado desde a juventude, quando não passava de um beberrão sem futuro.

Pressionado pela noiva, Lynne (Amy Adams), ele encontra um rumo ao entrar para a política, quando se torna assistente de Donald Rumsfeld (Steve Carell).

ANÚNCIO

A partir daí, Cheney traça uma jornada ascendente dentro do Partido Republicano até se tornar um vice-presidente que se aproveita das fragilidades de seu superior para demonstrar que, de decorativo, não tinha nada.

O mais interessante da visão de McKay sobre o personagem é eliminar dele o tal “viés ideológico”. Mais do que o desejo de defender pautas conservadoras, o que move este Cheney é a conquista do poder absoluto, capaz de ditar os rumos alheios só pelo prazer de poder fazê-lo.

Declaradamente progressista, o diretor abusa do humor em seu retrato do biografado ao mesmo tempo em que tenta abrir os olhos do público para um jogo político que interfere diretamente na sua vida.

Confira o trailer:

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias