«Nasce uma Estrela» poderia ser somente mais uma história de superação com um romance fofo de fundo, mas o filme que concorre ao Oscar 2019 em oito categorias distintas ganha novos contornos a partir de atuações fortes e uma direção nada clichê.
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O filme conta a história de Jack e Ally, dois artistas que juntam forças para dar um gás em ambas carreiras. Ele, uma estrela do rock, já vê sinais de desgaste após anos de estrada. Ela, uma cantora de bar, vê sua vida ser transformada após cantar «Shallow» em público pela primeira vez.
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Famosa por sua extravagância em performances, Lady Gaga consegue ‘diminuir’ seu gigantismo em tela. Esqueça a cantora de clipes como «Poker Face» e «Born This Way»: a atriz interpreta uma garota comum que se torna uma estrela da música repentinamente – e isso não soa forçado nem como uma releitura de si própria.
Claro que isso se deve a uma boa direção de Bradley Cooper, esnobado pelo Oscar na categoria. E se há dúvidas de que isso é um grande mérito, basta lembrar que esta já é a quarta versão de «Nasce uma Estrela» e mesmo assim consegue inovar: Ally e Jack se conhecem em um bar de drag queens e logo conquistam o espectador. Os outros filmes são de 1937, 1954 e 1976.
Cooper, que ‘nasce’ como diretor, também surpreende cantando. Seu personagem em momento nenhum deixa a desejar ou é apagado pela presença de Gaga. Ao contrário: ambos realçam a performance um do outro.
As músicas são chiclete e funcionam tanto como trilha sonora como singles individuais fora de cena. Além de «Shallow», destaque para «Always Remember Us this Way», «Black Eyes» – solo de Cooper que abre o filme – e «I’ll Never Love Again», encerrando o longa com uma performance emocionante de Lady Gaga. Dá até para dizer que os fãs dela ganharam um álbum extra de presente, com baladas lentas e pop dance.
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Assista ao trailer: