Exibido nas noites de domingo da Rede Globo, entre 1996 e 2002, “Sai de Baixo” fez de uma decadente família de classe média o retrato cômico de um país desigual. Agora, mais de duas décadas depois, a atração vira cinema. “Sai de Baixo – O Filme” estreia nesta quinta-feira (21) saindo do apartamento do Largo do Arouche, que serviu de cenário na televisão.
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No longa, Caco Antibes (Miguel Falabella) deixa a prisão e encontra a mulher, Magda (Marisa Orth), a sogra Cassandra (Aracy Balabanian) e o tio Vavá (Luis Gustavo) morando de favor no apartamento do porteiro Ribamar, icônico personagem de Tom Cavalcante, que fala sobre a experiência de retomar o papel.
Como é voltar ao “Sai de Baixo” pelo cinema?
O reencontro dessa família é uma grande sacada. A preocupação de como iríamos interagir e se teríamos a mesma pegada acabou logo no começo. Foi como se o tempo não tivesse passado, em cinco minutos já estávamos nos personagens. Gargalhadas e improvisos se mostraram uma fórmula imbatível, mesmo depois de tanto tempo.
Como ficou a dinâmica da improvisação nas telonas?
A dinâmica é a mesma. Tivemos a liberdade de deixar fluir. Foi uma orientação do Daniel Filho [produtor] e da diretora Cris D’Amato. Eu e Miguel improvisamos muito, o que a gente já fazia na TV.
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A que você atribui a longevidade do “Sai de Baixo”?
Miguel disse uma vez que “Sai de Baixo” é o “Chaves” brasileiro. Essa família maluca é incrível mesmo com os anos. As reprises estão aí para os novos que o descobrem e para o encanto dos fãs.
O filme traz uma discussão ética sobre essa “malandragem” do brasileiro…
O humor é essencial para esse tipo de discussão, afinal os personagens são verdadeiras críticas ao que vemos por aí, com a Magda e o Caco.
O que a possibilidade de explorar novos cenários traz de novo para o humor?
Fazemos humor por humor, humor como forma de ajudar a ser feliz. O formato que apresentamos segue o mesmo, independente do cenário e da passagem de tempo.
Assista ao trailer de «Sai de Baixo – O Filme»: