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Marvel apresenta sua heroína mais durona em ‘Capitã Marvel’

Divulgação

Para além de um produto de entretenimento, “Capitã Marvel”, que estreia nesta quinta-feira (7), é um filme-manifesto sobre o papel das mulheres na indústria cinematográfica.

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Se por um lado é positivo ver uma urgente representatividade pautar todo o roteiro e a equipe por trás das câmeras, por outro chega a ser cansativa a necessidade de sublinhar tantas vezes o óbvio: sim, as mulheres podem muito mais do que tradicionalmente se espera delas.

Estamos diante da primeira super-heroína do Universo Cinematográfico Marvel a estrelar um filme solo, bem como da primeira produção codirigida por uma mulher – no caso, Anna Boden.

Veja bem, não se trata de uma personagem lado B recebendo tratamento privilegiado por causa dos ventos do #MeToo. A Capitã Marvel é, de longe, a heroína mais poderosa entre os Vingadores (chora, Thor!), e o longa deixa claro que nem mesmo ela tem plena consciência de todas as habilidade que possui.

Isso faz da produção quase um prequel de “Vingadores: Ultimato”, apresentando a figura que terá papel central para reverter a ação do vilão Thanos de varrer a existência de metade do universo. O longa estreia dia 25 de abril.

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O que se vê no cinema, portanto, é uma clássica e já manjada história de origem.

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Um diferencial, no entanto, está na escolha de Brie Larson, que acrescenta bem-vindas nuances à interpretação da heroína, revelando um trabalho acima da média do de seus colegas.

Vencedora do Oscar por “O Quarto de Jack”, ela surge inicialmente como Vers, uma jovem que sofre com perda de memória e é treinada para o combate pelos alienígenas Kree. Esse passado começa a se revelar quando ela escapa de um sequestro do povo Skrull e cai na Terra em 1995.

É onde ela conhece um jovem Nick Fury (Samuel L. Jackson, rejuvenescido digitalmente), parceiro de sua jornada de autodescoberta como a pilota Carol Danvers.

O espírito de “girl power” e sororidade exala a todo momento e vai desde a escolha da trilha com hits noventistas cantados por mulheres à falta de um par romântico masculino para a protagonista, que tem como principal relação a amizade com a mãe solteira Maria (Lashana Lynch).

O resultado é um filme que, apesar de usar novos elementos narrativos, oscila entre o drama, a comédia e a ação de forma conservadora. Ao abrir mão de explorar outras fronteiras criativas, “Capitã Marvel” minimiza o potencial da heroína que ele próprio brigou para defender.

Entrevista: Anna Boden

Aos 42 anos, a diretora dividiu o comando de ‘Capitã Marvel’ com Ryan Fleck, seu parceiro de longa data.
Por Metro Internacional.

“Capitã Marvel” exala poder feminino?
Claro! Mas não apenas por causa de sua protagonista: há muitas mulheres ao redor: o filme chega em um momento no qual os papéis das mulheres no cinema estão sendo observados de perto.

O filme será um divisor de águas na história?
Poderia ser, mas o mais importante é que ele abre a porta para mais filmes do Universo Marvel, sobretudo com protagonistas femininas, negras e LGBT+.

Como foi chegar a um acordo sobre o roteiro?
Desde o início, o objetivo foi desenvolver uma personagem muito dinâmica. Essa não é uma mulher comum, mas tínhamos que revelar o que significa ser mulher e humana. Ela é independente, poderosa, divertida e sensível – e mostrá-la assim foi o grande desafio.

Que significa ser parte de um projeto recheado de “primeiras vezes”?
É algo importante, porque ainda há muitos preconceitos sobre o trabalho das mulheres. Estamos prontas para as críticas, mas sabemos que fizemos nosso melhor trabalho. “Capitã Marvel” é uma viagem nova para todos nós.

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