Para o diretor Tim Miller, a série “Love, Death & Robots”, que ele produziu ao lado do também diretor David Fincher, é “uma carta de amor aos nerds”. Mas a verdade é que os 18 episódios já disponíveis na Netflix vão muito além disso. Desenvolvida como uma coleção de histórias independentes entre si focadas no público adulto, a série é uma ode à liberdade que a imaginação pode ter.
O que une as tramas é a aposta na ficção científica ou no universo fantástico, mas em chaves que oscilam da comédia ao terror, fazendo uma ponte entre elementos essencialmente humanos (o amor e a morte presentes no título) com a inteligência artificial dos robôs.
Sem amarras um com o outro, cada episódio surge na tela como um devaneio aleatório ou uma breve fuga da realidade, algo ressaltado pelo uso das mais diversas técnicas de animação, que vão do traço tradicional em 2D à mais sofisticada captura de movimento.
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Não há exatamente uma ordem certa para acompanhar – e os algoritmos da Netflix misturam as histórias de uma maneira diferente para cada usuário –, mas há uma preocupação deliberada em variar o tom entre as histórias de forma a manter o interesse de quem assiste.
Alterna-se, portanto, entre o riso ingênuo provocado pela trajetória de um iogurte com consciência à violência ambientada em uma espécie de clube da luta com bestas. Essa diversidade também está na produção, dividida entre estúdios espalhados por países como Hungria, França, Polônia, Coreia e Estados Unidos – muitos deles especializados em games.
Outra inovação de “Love, Death & Robots” é a duração dos episódios, que variam entre 6 e 17 minutos, provocando uma quebra de paradigmas quanto ao formato que uma série deve ter, tornando a atração um entretenimento diferente do habitual.