Imposição de ideologias, totalitarismo e restrição à liberdade de pensamento estão no cerne de “Tutankáton”, texto escrito em 1990 por Otavio Frias Filho (1957-2018), ex-diretor editorial da Folha de S.Paulo.
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Os temas são perfeitamente atuais, e isso levou Mika Lins a assumir a primeira montagem da peça, que estreia hoje no Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel.: 3170-0800; de qui. a sáb., às 21h; dom., às 18h; R$ 40; até 1º/9).
A trama se inspira em um episódio histórico, quando um faraó extingiu o politeísmo no Egito Antigo, obrigando a população a adorar apenas Atón, o deus sol.
A peça apresenta o momento em que ele, motivado pelo clamor popular, precisa voltar atrás de sua decisão e reabilitar oficialmente os mais de 2.000 deuses adorados pelo seu povo, o que o faz ficar conhecido como Tutankamon – aquele que readmitiu a soberania do deus Amon.
Bete Coelho, que acaba de ser indicada a melhor atriz por “Mãe Coragem”, participa da montagem no papel de uma vidente.