Man Ray, multifacetado expoente do movimento surrealista, foi um dos maiores artistas visuais do início do século 20. Quase 130 anos após seu nascimento, São Paulo recebe a exposição inédita “Man Ray em Paris”, que fica em cartaz no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) até 28 de outubro.
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A mostra, gratuita, exibe fotografias, objetos, serigrafias e cinco filmes, totalizando 255 obras. A visitação precisa ser agendada pelo aplicativo “Eventim”, no site ou na bilheteria do CCBB, mediante disponibilidade.
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Os filmes autorais de Man Ray, “Return to Reason” (1923), “Emak Bakia” (1926), “Star of the Sea/The Starfish” (1928) e “The Mysteries of the Chateau of Dice (1929), ganham exibição no segundo andar do CCBB. Já no primeiro andar, será exibido “Man Ray, Senhor 6 segundos”, dirigido por Jean-Paul Fargier em 1998.
Na programação, haverá ainda atividades interativas, palestra com o fotógrafo Pedro Vasquez sobre as técnicas de Man Ray, lançamento de catálogo e palestra da curadora Emmanuelle de LÉcotais na quarta-feira (21). A francesa é historiadora da arte e especialista no trabalho de Man Ray.
Ela atuou por 17 anos na curadoria de foto do Musée d’Arte Moderne de la Ville, em Paris. Emmanuelle de L’Ecotais organizou a ocupação em duas categorias. A primeira trata a fotografia como instrumento de reprodução da realidade; a segunda, aborda a sua manipulação das imagens em laboratório, criando superposições, solarizações e as chamadas “raiografias”, técnica que o artista usava para aludir a representações de si mesmo.
O recorte da exposição destaca a trajetória do artista americano durante o seu período de efervescência criativa, quando viveu na capital da França, entre 1921 e 1940. Para contextualizar os visitantes, o projeto reproduz imagens da vida parisiense de Man Ray acompanhado pelos artistas que lhe foram contemporâneos e por sua musa, Kiki de Montparnasse.
No campo interativo, foi criado um laboratório fotográfico, com elucidações acerca das técnicas utilizadas em sua obra.