A primeira edição do Rockfest, que acontece neste sábado, 21 de setembro, é a chance para que o paulistano que não pode ir até o Rio de Janeiro aproveite a porção mais pesada do line-up do Rock in Rio, que começa só no dia 27. Scorpions, Whitesnake, Helloween e Europe se apresentam no Allianz Parque, com abertura dos brasileiros do Armored Dawn a partir das 16h15. Os ingressos para pista e pista premium já estão esgotados, mas ainda há lugares em outros setores à venda no site Ingresso Rápido. O preço para a Cadeira Nível 1 (A, B ou C) vai de R$ 225 (meia-entrada) a R$ 450.
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O Metro Jornal bateu um papo com integrantes do Helloween, Whitesnake e Europe.
Veja abaixo:
Europe
Na esteira da turnê comemorativa do álbum clássico “The Final Countdown”, que completou 30 anos em 2016, a banda sueca se mantém criativa e assídua no Brasil. A última passagem por aqui foi em há dois anos, pelo lançamento de “Walk the Earth”, o trabalho mais recente de estúdio.
«Nós tivemos uma passagem maravilhosa pelo Brasil. Estivemos no país pela última vez em 2017 e também alguns anos antes e sempre tivemos momentos incríveis com o público. São fãs que parecem amar guitarras altas e rock. É um prazer tocar no Brasil. Em São Paulo nós sempre temos grandes shows e fazer junto com Scorpions, Whitesnake e Helloween é um prazer. É a tripulação de bandas que estávamos procurando”, diz o vocalista Joey Tempest, que chega ao país com a formação clássica: John Norum (guitarra), John Levén (baixo), Mic Michaeli (teclados) e Ian Haugland (bateria).
Das bandas do Rockfest, o Europe é a única que não se apresenta também no Rock in Rio. Antes de chegar a São Paulo, se apresentou em Curitiba ontem. Depois do Brasil, parte para Bolívia, Chile e Argentina.
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Nascida no fim dos anos 1970, a banda fez uma pausa de 12 anos, entre 1992 e 2004. Retomar a carreira a partir daí foi praticamente recomeçar, lembra Tempest.
«Quando recomeçamos em 2004 tudo tinha mudado, era um mundo novo. E ficamos ansiosos em fazer o nosso próprio projeto e não, necessariamente, prestar atenção no que estava acontecendo no mercado”, conta.
“Nós escrevemos e gravamos ‘Start From The Dark’ (lançado em setembro de 2004) e sabíamos que seria uma longa jornada em trazer a banda de volta. No começo as pessoas poderiam estar interessadas apenas nas nossas canções antigas, mas acho que conquistamos respeito pelos nossos novos álbuns e estamos seguindo em frente”, diz o vocalista. A retomada tem sido bastante prolífica: nos últimos 15 anos, foram seis novos álbuns.
E vem mais por aí: «Estaremos em turnê no ano que vem e continuaremos aproveitando o nosso último álbum, que significou muito para nós. É um dos nossos favoritos e os fãs parecem ter gostado. Mas com certeza vamos trabalhar em um novo álbum e será ótimo fazer um solo também», conta Tempest.
Helloween
Para os alemães do Helloween, a turnê foi inesperada. O septeto estava em estúdio quando recebeu um convite de última hora: substituir o Megadeth, que cancelou a passagem pela América Latina neste ano depois que o vocalista Dave Mustaine foi diagnosticado com câncer e precisou se afastar dos palcos para se tratar. Isso foi em junho, a pouco mais de três meses para os shows. “Foi um motivo muito infeliz e desejamos a plena recuperação de Dave, mas foi bom voltar à estrada”, diz Michael Kiske, um dos vocalistas da banda, em entrevista por telefone.
O Helloween tem desde 2016 uma formação numerosa depois que Kiske e o guitarrista Kai Hansen resolveram suas diferenças com os antigos colegas e voltaram à banda de power metal. Ao contrário do usual, o retorno não significou a exclusão dos músicos que os substituíram. Kiske hoje divide os vocais com Andi Deris, que se juntou ao Helloween em 1994, justamente para ocupar o seu lugar.
Além dos três, a banda é formada ainda por Dani Löble (bateria), Sascha Gerstner e Michael Weikath (guitarras) e Markus Grosskopf (baixo).
“Pode parecer estranho, mas a dinâmica no palco é completamente harmoniosa”, diz Kiske. “Havia um estranhamento, claro, porque não nos conhecíamos e aquele era ‘o cara que tinha roubado o meu emprego’. Mas isso tudo ficou para trás. No palco, nos damos muito bem e há momentos para os dois”, completa o vocalista. “E eu ando bem preguiçoso, é bom ter com quem dividir esse trabalho”, brinca.
A turnê de retorno Pumpkins United durou dois anos e agora a expectativa é saber como esse encontro de duas ‘gerações’ de Helloween vai funcionar em estúdio. “Por conta da turnê de última hora, ainda não sabemos quando voltaremos a gravar”, diz Kiske.
A viagem abrupta à América do Sul significa também um marco para o vocalista de 51 anos. Apesar de anos de festivais e turnês em todo o mundo, ele nunca havia tocado no mesmo palco com os conterrâneos do Scorpions. “Vai ser a primeira vez, é inacreditável”, ri.
Whitesnake
Com um histórico de shows memoráveis em festivais no Brasil (a começar pela primeira edição do Rock in Rio, em 1985), o Whitesnake não pretende decepcionar nenhum tipo de fã: nem os novos, que querem mais é ouvir os hits, nem os antigos, ansiosos por novidades.
«Obviamente (o Rockfest) será um mix que tem os clássicos do Whitesnake, mas também acho que a banda está seguindo em frente com o novo álbum”, afirma o guitarrista Joel Hoekstra. Com isso, estão garantidas “Here I Go Again” e “Love Ain’t no Stranger”, mas também material de “Flesh and Blood”, lançado em maio de 2019.
«Foi incrível (fazer o novo álbum). Eu estou muito honrado de poder ter co-escrito com David Coverdale e de ser chamado para co-produzir no caminho, então é um próximo passo para mim e o Whitesnake. Estou ansioso para isso”, diz o guitarrista.
Além de Hoekstra e Coverdale, vocalista e fundador da banda, a formação que vem ao Brasil conta com o guitarrista Rob Beach, o baterista Tommy Aldridge, o baixista Michael Devin e o tecladista Michele Luppi.
Serviço “Rockfest”
Local: Allianz Parque
Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca – São Paulo
Data: 21 de setembro de 2019 (Sábado)
Horários
- Armored Dawn: 16h15
- Europe: 17h15
- Helloween: 18h45
- Whitesnake: 20h15
- Scorpions: 22h