O ator Joaquin Phoenix vive na pele o personagem que interpreta em “Coringa”, que estreia nesta quinta-feira (03), e alcança o ponto dos grandes marcos do cinema, misturando loucura e entrega absoluta para viver Arthur Fleck até se tornar Coringa.
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O ator conversou com o Metro sobre o seu papel no longa-metragem. Confira:
Você leu as histórias em quadrinhos do Coringa?
Quando começamos a pesquisar, pensei que queria seguir meu próprio caminho. Eu não queria ser influenciado por outros quadrinhos. Tentei abordar Coringa por dentro, como homem, e não pelo super vilão icônico.
Foi difícil encontrar o riso certo? Foi doloroso?
Na segunda vez que encontrei Todd [Phillips, diretor], queria que ele escutasse minha risada e levei alguns minutos para encontrar o ponto certo. Eu não queria fingir. Tinha que ser genuíno. E em um ponto Todd se sentiu realmente desconfortável. Você pode sentir a dor do personagem quando ele está rindo.
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Esse Coringa está obviamente muito doente.
Eu o vejo como alguém que sofreu muitos traumas, que não sabe lidar com o mundo real. Assim, ele acaba sendo medicado. Ele nunca teve a oportunidade de expressar suas necessidades e nunca identifiquei nada sobre ele estar mentalmente doente.
Essas contorções… como elas surgiram?
Comecei a conversar com um coreógrafo e foi muito interessante aprender sobre o vocabulário da dança e do movimento. Assisti a alguns vídeos e um em particular me emocionou, mas não foi a dança dele que gostei, mas sim a arrogância. Foi aí que o Coringa apareceu.
Então, o Coringa surgiu enquanto você estava filmando?
Sim. Ele veio através do movimento. Era muito natural. Essa ideia de metamorfose era intrigante para mim. Quem é esse cara e o que ele se tornou? Quando começamos a filmar, eu estava apavorado, mas tudo fazia sentido.
Existem várias mensagens políticas ocultas neste filme. Isso foi intencional?
Não pensei sobre isso, mas é ótimo que você veja essas mensagens. Gosto quando as pessoas estão sendo desafiadas em diferentes questões, de não haver respostas fáceis para esses problemas.
Você faria o Coringa de novo?
É difícil responder. Realmente depende do retorno do público, não é?
Veja como ficou a página sobre o personagem na edição impressa do Metro: