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D.C. Douglas, voz de ‘Resident Evil’, diz que carreira de dublador paga ‘bem melhor’

D.C. Douglas Divulgação

O cavanhaque fino e estiloso, a estatura alta e a voz excepcional. Esse é o dublador D.C. Douglas, mais conhecido por seu papel como o vilão Albert Wesker na série do game «Resident Evil». Ele, que também é ator e diretor, marcou presença na BGS 2019 (Brasil Game Show) e foi requisitado por inúmeros fãs.

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Em entrevista ao Metro Jornal, Douglas afirma que os brasileiros formaram seu primeiro grupo de seguidores e, até hoje, compõem uma de suas maiores audiências – atrás apenas dos norte-americanos. «Esta é a minha primeira vez no Brasil e eu queria muito conhecer os fãs», afirma.

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O homem, cuja voz é digna de grandes antagonistas, é na verdade simpático e brincalhão. Quando questionado como vem sendo sua estadia nas terras tropicais, ele brinca: «Estou odiando». No entanto, embora tenha ficado com intoxicação alimentar, logo se retrata: «Na verdade, é uma das maiores experiências que tive na vida, graças aos fãs».

Para o dublador, São Paulo é como um cenário de ficção científica. «O meu quarto do hotel fica no 21º andar e a vista é maravilhosa. É um horizonte de prédios, do qual não dá para ver o fim.»

Douglas pode comentar com propriedade acerca do gênero da ficção, já que também dublou personagens em filmes, como «Ad Astra», e desenhos animados, como «Transformers: Rescue Bots» e «Naruto: Shippuden». Entre os lançamentos recentes da indústria de jogos, sua voz também aparece em «Code Vein» e «Persona 5».

Segundo ele, são tomadas apenas 4 horas para gravar papéis menores em games. Entretanto, para dar vida a um personagem central da história, como no caso de Wesker em «Resident Evil 5», Douglas levou aproximadamente 25 horas – o que ainda não é muito em comparação a outros jogos, diz ele.

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O dublador, porém, não imaginava que teria essa profissão. Quando se mudou para Los Angeles (Califórnia) aos 19 anos, esperava ser ator em filmes e séries de televisão, mas foi sendo convocado por desenvolvedoras de games para dublar.

«Com o passar dos anos, olhei para o meu histórico e comparei as duas profissões. Minha carreira como dublador paga bem melhor, eu viajo mais e tenho mais fãs», conta. «Foi quando percebi que talvez devesse abraçar a ideia de trabalhar com a voz.»

Atualmente, Douglas está desenvolvendo um projeto que não pode revelar por enquanto. «Por algum motivo, a presença da minha voz no jogo é um grande spoiler para as pessoas. Os produtores não querem que ninguém saiba, mas alguns estão adivinhando que sou eu», comenta.

Para finalizar a conversa, ele brinca mais uma vez na hora de fazer suas últimas considerações e se despedir: «Me deem dinheiro».

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