Uma das Caixas Misteriosas mais difíceis do último episódio MasterChef – A Revanche foi a que Thiago Gatto teve de enfrentar: pimentas. O item, bastante apreciado na culinária, tem de ser usado com parcimônia para não estragar um bom prato – o que não foi o caso.
«É extremamente complicado, porque eu tinha um universo muito grande de possibilidades e eu precisava limitar um pouco. Para fugir do óbvio, procurei minhas referências internacionais e optei por fazer um prato estilo oriental, com um caldo bem aromático e um leve toque de pimenta», explicou em entrevista ao Portal da Band.
«Quando eu provei meu caldo, eu achei que estava muito suave de pimenta. Porém, eu devo ter um paladar muito forte. Não creio ele estivesse tão apimentado assim. A questão é: a gente não faz um prato para gente, faz para os outros. E, de repente, os chefs tem níveis de tolerância à pimenta diferentes», continuou.
«Na hora da crítica, o chef [Erick] Jacquin disse que ficou apimentado; par aos outros jurados ficou no limite. Porém, tiveram outros pontos que eles apontaram no meu prato que não me deixaram confiantes de que eu ganharia o mezanino. A chef Paola [Carosella] apontou que faltava frescor na receita», completou.
Após as avaliações, Thiago foi direto para a prova de eliminação contra Katleen Lacerda. «Foi difícil, complicado. A gente estava esperando pelo menos uma prova de pressão, uma chance de se salvar e ir para o mezanino. Para piorar o que já era difícil, a gente teve de fazer uma prova de 24 horas. Achei que a gente ia ficar no estúdio sem dormir, mas até que isso não seria tão difícil quanto ter de preparar três pães diferentes e um prato para acompanhar», afirmou.
«Minha estratégia foi ficar muito atento às proporções e às etapas. Eu tinha que fazer o pão chegar no ponto certo, desenvolver o glúten, chegar no ponto de véu. Era uma prova que não tinha tempo para refazer nenhum processo. O pão, uma vez que você errou, já era. E quando eu vi que a massa tinha crescido pouco durante a noite, bateu um medo», revelou.
Apesar dos percalços durante a prova, o carioca conseguiu se recuperar e serviu um pão tradicional com caldo de legumes. «Foi uma ideia que veio um pouco da minha memória afetiva. Eu adorava comer sopa com pão e eu gosto de sopa cremosa, rica em sabores, com textura. Uma sopa que é mais fácil de pegar uma quantidade boa com opção. Então, eu tente caprichar nos sabores, fazendo um clássico muito bem feito», disse.
Já o pão recheado com calabresa causou certa tensão. «Na hora que o chef cortou, eu fiquei apreensivo. Eu pensei que eu tinha colocado recheio de forma igual, mas ficou quase tudo de um lado. Pelo menos, estava muito cheiroso. Minha aposta foi toda por conta do sabor e no ponto do pão, já que ele desenvolveu razoavelmente», explicou Thiago.
O último pão, um dos mais elogiados pelos jurados, foi o doce com uvas passas e damasco. «Tinha uma cobertura que raspas de laranja cristalizadas que eu já tinha feito antes. Eu apostei que ela poderia agregar bastante sabor e funcionou. Deu certo. Se fosse apenas o pão, talvez não tivesse ficado legal. Isso pode ter sido o fator definitivo para eu ter sido o melhor na prova», afirmou.
«A sensação de chegar novamente no Top 4 é incrível, mas diferente ao mesmo tempo. A história se repetiu – eu eliminei a Katleen – só que dessa vez eu estou com muito mais força, muito mais garra. Sem a perna quebrada, para começar, o que já deixa as coisas muito mais fáceis. Então, os chefs podem esperar de mim muita dedicação, muito foco. Vou dar trabalho para os três que estão juntos comigo», finalizou.
O MasterChef – A Revanche é um formato da Endemol Shine Group, produzido pela Endemol Shine Brasil em uma co-produção com a Band e o Discovery Home & Health. O programa vai ao ar todas às terças-feiras, às 22h45, na tela da Band (com transmissão simultânea no aplicativo da emissora para dispositivos móveis). A atração também vai ao ar às sextas-feiras, às 20h30, no Discovery Home & Health.