Um dos principais nomes da arte japonesa contemporânea, Takashi Murakami tem sua primeira mostra individual no Brasil “Murakami por Murakami”, que abre hoje para convidados e amanhã ao público no Instituto Tomie Ohtake.
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Com curadoria de Gunnar B. Kvaran – o mesmo curador da mostra de Yoko Ono realizada no Instituto em 2017 –, a exposição reúne 35 trabalhos, com pinturas que chegam a medir 3 por 10 metros.
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As obras de Murakami, um grande fã de anime, se fundem em uma produção que descreve a cultura e a sociedade japonesa pós-guerra, a arte tradicional local e a cultura pop contemporânea mundial. Porém, nesta mostra, a identidade do Japão é que se ressalta, especialmente pelo manifesto “Superflat”, que se caracterizava por uma tendência estética que a cultura japonesa contemporânea herdou de um momento do período Edo (1600-1868).
A mostra pode ser dividida em conjuntos: a partir da figura de Mr. DOB (derivada da gíria japonesa “dobojite”, ou “por quê?”), com o qual faz crítica à sociedade de consumo, sem vida e vazia; as recentes pinturas concentradas no zen-budismo, em retratos de mestres; a apropriação e interpretação dos trabalhos de Francis Bacon e sua noção de autorretrato, com densas composições com recorrentes características de sua iconografia – olhos, cogumelos e personagens – acentuados por múltiplas camadas de cores sobre folha de platina; além de uma seleção de vídeos, nove ao todo, editados por ele.