A 3ª temporada de La Casa de Papel chegou ao fim com seu famoso grupo de ladrões em grandes apuros. E deu a deixa para os fãs: o bando liderado pelo Professor (Álvaro Morte) encararia o mais absoluto caos na 4ª temporada da série espanhola, que estreia na sexta-feira, 3, na Netflix.
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Mais uma vez, o plano perfeito do Professor – desta vez, o roubo ao Banco da Espanha – saiu do controle. Logo no primeiro episódio da nova temporada, Nairóbi (Alba Flores) aparece entre a vida e a morte, após levar um tiro de um franco-atirador da polícia, e a ex-inspetora Raquel, agora Lisboa (Itziar Ituño), sendo interrogada depois de ser capturada. E Lisboa, amor da vida do Professor, enfrenta o dilema de preservar os companheiros ou entregar todos para não ir à prisão e perder a guarda da filha.
O universo do grupo está em colapso. Crises, brigas, traumas, traições, reviravoltas, descontroles, e a polícia fechando o cerco. E, ainda assim, eles precisam correr contra o tempo e manter o plano de roubar o ouro de dentro do banco, para poderem sair vivos de lá.
Na semana passada, Álvaro, Alba e também Darko Peric e Luka Peros, intérpretes, respectivamente, de Helsinki e Marsella, falaram sobre La Casa de Papel e a nova temporada, em uma videoconferência com jornalistas da América Latina, do qual o jornal O Estado de S. Paulo participou. Todos, claro, em suas respectivas casas. Os quatro atores estão na Espanha, que já ultrapassou a China no número de casos de coronavírus. A reportagem do Estado perguntou a eles sobre a situação preocupante do país e de como estão se cuidando. «As cifras de contágio, de falecimentos apresentados todos os dias…Temos todos que levar isso muito a sério, sermos responsáveis, e ficarmos em casa», diz Álvaro.
Darko contou que eles estavam há duas semanas confinados. «Cuidar-se. Cuidar uns dos outros», aconselha ele. «O mesmo aqui», emenda Luka. «Tem que se cuidar muito, isso não é brincadeira, é muito sério. Temos que ter paciência, isso passará com certeza, mas com muito tempo», completa o ator. Alba disse também que o momento exige responsabilidade e de se ficar em casa. «E estou muito orgulhosa dos profissionais de saúde aqui de Madri, de toda a Espanha e do mundo também. Saímos todos os dias nas janelas para aplaudi-los», afirma a atriz.
Alba interpreta uma das personagens populares da série. Aliás, Nairóbi foi ganhando espaço, e relevância, ao longo das temporadas. É dela frases marcantes, como ‘Que comece o matriarcado’. Muito disso é mérito da atriz, que personaliza Nairóbi com sua atuação. Não é possível imaginar outra atriz nesse papel. Sobre essa transição de sua personagem, Alba diz que ficou surpresa, mas também acredita que tem sorte.
Nesta 4ª temporada, Nairóbi está no cerne do caos, como um desdobramento do que aconteceu na temporada anterior. Ali, ela caiu na isca da polícia e foi atingida com um tiro, e agora, está lutando pela vida. Essa situação extrema faz com que todos os companheiros voltem seus esforços para salvá-la. Eles baixam a guarda enquanto os inimigos, no lado de dentro e de fora do banco, aproveitam para avançar algumas casas nesse jogo.
Juntam-se a isso a captura de Lisboa, a desestabilização do Professor quando a polícia forja a morte de sua amada, os traumas de Rio (Miguel Herrán) após ser submetido a torturas, entre outros percalços que não podemos citar aqui. «Dentro do Banco da Espanha, vai se desenvolver muito a idiossincrasia do grupo, quem é leal a quem, a parte das relações pessoais entre os membros do grupo. Também, nesta temporada, há movimento nesse sentido. Parece que, em vez de unir mais o grupo, num momento de tanto estresse, eles estão se separando», analisa Alba.
Assim como o público, os atores contam que também são pegos de surpresa pelo roteiro. «Te surpreendem. Eu não sabia que Helsinki é gay. Não é como qualquer série de suspense, de ação», diz Darko.
Produção bem-sucedida da Netflix, La Casa de Papel pode ganhar outra temporada. Álvaro conta que procura não pensar na pressão que naturalmente o sucesso da série traz. «Falo por mim: temos que deixar fora do set essa pressão; se não, fica impossível se concentrar. Se você está pensando que tem que cobrir uma expectativa, você não vai conseguir dar 100% do que quer dar diante da câmera», diz o ator. «Quando estamos trabalhando, deixamos tudo isso à parte e nos contentamos com o que estamos fazendo. Trabalhar com coração, 100%, com todo amor do mundo.»