A britânica JK Rowling, reconhecida mundialmente após escrever a saga “Harry Potter”, foi criticada mais uma vez devido a comentários considerados transfóbicos no Twitter. Ela foi acusada de apagar a existência de mulheres trans e homens trans
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“Opinião: Criando um mundo pós-COVID-19 mais igual para as pessoas que menstruam. Pessoas que menstruam. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude. Wumben? Wimpund? Woomud?”, se referindo ao termo mulher em inglês (Woman).
Esta não é a primeira vez que a autora faz comentários do tipo e após reações imediatas de seguidores, ela tentou se explicar.
“Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade. (…) Respeito o direito de toda pessoa trans de viver da maneira que lhe parecer autêntica e confortável. Eu marcharia com você se você fosse discriminada por ser trans. Ao mesmo tempo, minha vida foi moldada por ser mulher. Não acredito que seja odioso dizer isso”, justificou.
A comediante e atriz, Mae Martin da série “Feel Good” da Netflix, também criticou a posição de JK: “Não acredito que neste momento @jk_rowling tenha decidido que a coisa mais útil para twittar para seus 14,5 milhões de seguidores é um absurdo TERF deliberadamente pedante e crítico de gênero. O mundo está cheio de ameaças contra as quais vale a pena lutar. Pessoas trans não são uma ameaça. #TransWomenareWomen”, escreveu.
TERF significa feminista radical trans-excludente. O termo surgiu pela primeira vez em 2008 e é usado para descrever feministas que compartilham visões que alguns consideram transfóbicas.