Uma investigação descobriu que um jornalista da BBC teria usado documentos falsos para convencer Lady Di a dar entrevista para a emissora. Esta foi a icônica entrevista que motivou o ponto final no casamento de Charles e Diana. Entenda.
Charles Spencer revelou que sua irmã, a princesa Diana teria se alegrado com o resultado da investigação que concluiu que o jornalista da BBC Martin Bashir, agora demitido, usou documentos falsos para conseguir uma entrevista com ela. A icônica entrevista de Lady Di ao programa Panorama foi ao ar em 1995.
ANÚNCIO
Spencer foi um defensor veemente de uma investigação sobre as circunstâncias que levaram Diana a dar uma entrevista ao jornalista Martin Bashir. Cerca de 26 anos depois, a investigação finalmente foi feita e descobriu-se que o repórter Martin Bashir havia usado documentos falsos para convencer Charles Spencer a apresentá-lo ao Princesa. Posteriormente, Lady Di teria concordado em dar entrevista ao jornalista.
“Agora que sabemos a verdade, acho que ela estaria satisfeita. Ela foi levada para um lugar muito escuro e sua paranóia foi alimentada», disse Charles Spencer.
Entenda a polêmica
No ano passado, 25 anos após a entrevista de Diana ter ido ao ar na BBC, a própria emissora anunciou uma investigação conduzida pelo ex-juiz da Suprema Corte, John Dyson, sobre as circunstâncias que levaram a entrevista de Diana ao ar. De acordo com o irmão de Diana, Charles Spencer, o jornalista Bashir teria mostrado à Princesa extratos bancários, que se revelaram falsos, mostrando que os serviços de segurança da Coroa estavam pagando duas autoridades judiciárias para espionar sua irmã. Foi isso que a levou, segundo ele, a concordar em dar entrevista à BBC, como uma forma de represália à Família Real britânica.
Os resultados da apuração comprovaram que o jornalista estava mentindo e apresentou os documentos falsos como forma de enganar Lady Diana, o que viola as regras editoriais do jornalismo. Para completar, descobriu-se também que, na época, funcionários da BBC acobertaram o jornalista e, tanto a polícia britânica quanto a Ofcom (órgão regulador dos meios de comunicação na Inglaterra) se negaram a iniciar uma investigação.
Leia mais sobre a Família Real britânica:
- Meghan Markle ganha indenização milionária. Entenda a polêmica que envolve o pai da Duquesa
- Após acusação de haters, Meghan Markle é defendida pela autora Corrinne Averiss
- Príncipes William e Harry não estão se falando, confirma especialista em Família Real
- Meghan Markle reaparece pela primeira vez após entrevista bombástica à Oprah
A entrevista bombástica
Em 1995 foi ao ar, no programa ‘Panorama’, uma entrevista da Princesa Diana falando abertamente sobre o funcionamento da Família Real britânica. Em conversa com o jornalista Martin Bashir, Lady Di comentou sobre como era a sua relação com os membros da Família Real britânica e sobre como era o seu casamento com o Príncipe Charles. Foi nessa entrevista que ela mencionou que “havia três pessoas” em seu casamento, falando publicamente pela primeira vez sobre a traição de Charles com Camilla Parker-Bowles, hoje sua esposa.
No dia 20 de maio, o Príncipe William fez uma declaração oficial sobre o caso através de suas redes sociais. Ele criticou de forma bastante dura a “forma enganosa como a entrevista foi obtida” e defendeu sua mãe ao dizer que as “afirmações sinistras e falsas” alimentaram “paranóia” de sua falecida mãe, ele acrescentou: “A entrevista foi uma grande contribuição para piorar o relacionamento de meus pais e desde então prejudicou inúmeras outras pessoas”.
O Príncipe Harry também quebrou o silêncio e foi mais além, indicando que a exploração da mídia contribuiu para a morte de Diana: “Nossa mãe era uma mulher incrível que dedicou sua vida ao serviço. Ela era resistente, corajosa e inquestionavelmente honesta. O efeito cascata de uma cultura de exploração e práticas antiéticas acabou por tirar sua vida. Para aqueles que assumiram alguma forma de responsabilidade, obrigado. Esse é o primeiro passo em direção à justiça e à verdade. No entanto, o que me preocupa profundamente é que práticas como essas, e outras ainda piores, ainda são comuns hoje. Agora, elas são maiores do que um canal, uma rede ou uma publicação”.