O sonho de flutuar pela capital paulista virou realidade com a chegada do Sampa Sky, o primeiro deck de vidro da metrópole, inaugurado no dia 8 de agosto, em pleno Dia dos Pais, dentro do edifício Mirante do Vale, no Anhangabaú. O novo ponto turístico de São Paulo ocupa um espaço de 700 m², com capacidade para receber até 400 pessoas. Mas, nos primeiros meses, cada horário receberá apenas 60 pessoas, por causa da pandemia.
Mas não é nada fácil colocar os pés nesta nova atração, já que é preciso coragem e ousadia para caminhar, pular e até plantar bananeira nos decks de vidro, que ficam a uma altura de 150 metros. Segundo o empresário André Berti, idealizador do Sampa Sky, subir no deck é desafiador. “Ao pisar no vidro você percebe como a nossa mente nos sabota. Por mais que você saiba que o vidro é extremamente grosso e que aguenta mais de 50 toneladas, a nossa mente cria uma sabotagem e você acaba tendo um pouco de medo”.
Chegando no 42º andar do edifício Mirante do Vale – construído entre 1960 e 1966 e que foi durante 48 anos o edifício mais alto do país, é possível se aventurar com duas vistas, uma para o Vale do Anhangabaú sobre o Viaduto Sta. Efigênia (vista sul) e outro que fica exatamente em cima da Av. Prestes Maia (vista leste). “Há dois decks retráteis e eu posso dizer que eu fiz praticamente tudo, já testei bastante. Quase dormi no primeiro dia após a instalação deles. Mas eu penso que plantar bananeira é algo para poucos”, afirma André sobre como os visitantes podem aproveitar o espaço em cima de um chão totalmente feito de vidro. Já para aquelas pessoas que têm medo de altura é possível apreciar a vista das grandes janelas, que rodeiam todo o andar.
Quem teve coragem e ficou empolgada com a nova atração do centro de São Paulo foi a profissional de marketing Mariana Bento de Lira Oliveira, de 21 anos. “Foi incrível ver a cidade por outro ângulo, a adrenalina e a vista se misturam de um jeitinho harmonioso. O Sampa Sky trouxe mais uma alternativa pra lista do que fazer em São Paulo. É lindo e vale super a pena”.
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Um sonho realizado na pandemia
Desde que a pandemia da covid-19 começou, muitos negócios, lojas e empresas decretaram falência. Mas há também aqueles que buscaram alternativas e aproveitaram os momentos de crise para inovar, como foi o caso de André Berti, que pensa e vive o Sky Sampa desde 2018. “Olha, este sonho tem três anos e meio e a pandemia tem um ano e meio. Quando você sonha e não quer desistir daquilo que fica com você, pode vir pandemia ou qualquer outro problema, que você vai realizar mais cedo ou mais tarde. Então, eu não vejo risco, a pandemia não foi um impedimento”, afirma o empresário.
Para ele, o primeiro mirante de vidro da cidade de São Paulo é um presente aos moradores e turistas que gostam de andar e conhecer a metrópole. “Eu nasci e fui criado em São Paulo e o que eu mais gostava quando criança era andar pela região central. Quando eu vi, em Chicago, o Sky Deck eu pensei ‘quero dar este presente para São Paulo e mudar o cenário do turismo na cidade, porque a gente olha para Nova York, Paris e Milão, onde o turismo de lazer é muito forte, e vê que São Paulo ainda engatinha”.
O Sampa Sky nasce como um espaço de visitação e comemoração. Então, além dos decks, o local recebe um café, que já está disponível para eventos particulares. No entanto, a procura está tão grande que os próximos ingressos para o fim de semana estão disponíveis apenas para o mês de novembro, no domingo, dia 21, ao custo de R$ 60,00.
As visitações acontecem de terça à sexta-feira, das 11h às 19h. Fora desses turnos, será um ponto para eventos. Já aos sábados, das 9h às 19h e aos domingos, das 9h às 16h. E horário não é problema, porque de dia o efeito da altura é ainda maior e durante a noite as fotos ficam inacreditáveis, já que cada deck conta com iluminação própria.
“Espero todos os públicos que sejam apaixonados por São Paulo, pode ser o paulistano, paulista, carioca ou chinês. O Sampa Sky é para aquelas pessoas que falam ‘olha, essa é uma cidade!’. Todo público é bem-vindo”, ressalta André.