Para advogado especializado em direito midiático, Meghan e Harry guardam segredo sobre o nome da pessoa que teria feito um comentário racista com relação a seu filho, Archie, porque poderiam ser processados por difamação e violação de privacidade.
A entrevista bombástica de Meghan Markle e Harry à apresentadora Oprah Winfrey, que foi ao ar em março deste ano, ainda gera polêmica. Na entrevista à Oprah, Meghan revelou que ficou surpresa ao saber que o seu primogênito não teria o título de príncipe e que, consequentemente, não teria direito à proteção especial. “Enquanto eu estava grávida nós (ela e Harry) tivemos uma conversa sobre ele não ter segurança, já que ele não iria receber um título. E também sobre as preocupações dos outros sobre quão escura a pele dele poderia ser”, disse a Duquesa.
A ideia de que Archie “não estaria seguro” deixou Meghan desconfortável. Quando Archie nasceu, em maio de 2019, o casal optou por não usar nenhum título da família. Archie poderia ser Conde de Dumbarton, um dos títulos subsidiários de Harry, ou Lorde Archie Mountbatten-Windsor.
Das várias revelações feitas por Meghan, foi o comentário racista que mais chocou, tanto que a apresentadora Oprah Winfrey precisou afirmar que o autor desse comentário não teria sido nem a Rainha Elizabeth, nem seu esposo, o Príncipe Philip. Ela explicou que não conhecia a identidade de tal pessoa e que o Príncipe Harry só teria lhe assegurado de que não teriam sido seus dois avós.
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Uma reportagem do Mail Plus entrevistou um advogado para entender o motivo pelo qual Meghan e Harry não divulgaram o nome do membro da Família Real que teria feito o comentário. Mark Stephens CBE, especialista em direito midiático disse que se a pessoa tivesse sido identificada, Meghan e Harry poderiam ter sido processados por difamação e violação de privacidade.
«Em primeiro lugar, as palavras exatas que foram ditas teriam de ser identificadas, e o contexto em que foram feitas. Foi racista ou foi apenas uma investigação?». Stephens disse ainda que a intenção também é importante: «As palavras podem ter um tom racista, mas foram pretendidas dessa forma?».
Em relação às consequências de nomear a fonte das supostas palavras, Stephens disse: “Essa pessoa, se nomeada por eles, pode ser capaz de processá-los por difamação e violação de privacidade. Principalmente no caso de que as palavras tenham sido ditas em uma conversa privada entre dois indivíduos, onde havia uma expectativa de privacidade e de que o conteúdo da conversa não fosse compartilhado com terceiros, no caso mídia”.