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Justiça nega pedido da Netflix e mantém processo contra a gigante do streaming por difamação

Entenda o caso que envolve a trama da série limitada ‘O Gambito da Rainha’.

Na última quinta-feira, 27, a juíza distrital dos Estados Unidos Virginia A. Phillips negou o pedido da Netflix e manteve em trâmite a ação movida pela xadrezista soviética Nona Gaprindashvili contra a gigante do streaming. Para a juíza, a ex-atleta Nona Gaprindashvili manteve seu argumento de que foi difamada pela série ‘O Gambito da Rainha’.

“A Netflix não cita, e o Tribunal não tem conhecimento, de nenhum caso que impeça reivindicações de difamação pelo retrato de pessoas reais em obras de ficção”, escreveu a juíza. “O fato de a série ser uma obra fictícia não isenta a Netflix da responsabilidade por difamação se todos os elementos de difamação estiverem presentes”.

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Nona Gaprindashvili processou a Netflix em setembro do ano passado e argumentou que a série ‘O Gambito da Rainha’ a representou de forma “grosseiramente sexista e depreciativa” após a série mostrar que ela nunca havia enfrentado homens. A ex-atleta informou que havia enfrentado a 59 competidores do sexo masculino em 1968, ano em que a série foi ambientada.

A Netflix tentou anular o processo, argumentando que a série limitada é uma obra de ficção e que os criadores do programa têm licença artística. “A referência da série à Autora (do processo) pretendia reconhecê-la, não depreciá-la”, argumentaram os advogados da streamer.

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‘O Gambito da Rainha’ estreou no catálogo da Netflix em 2020 e é baseada em um romance homônimo de Walter Tevis, publicado em 1983. A história é sobre uma personagem fictícia americana, Beth Harmon, que se torna campeã mundial de xadrez nos anos 1960.

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