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Spotify: 10 artistas que deixaram a plataforma junto com Neil Young

Personalidades seguem o astro do rock americano, na cruzada contra a desinformação de covid-19

The 2015 MusiCares Person Of The Year Gala Honoring Bob Dylan - Show LOS ANGELES, CA - FEBRUARY 06: Singer Neil Young performs onstage at the 25th anniversary MusiCares 2015 Person Of The Year Gala honoring Bob Dylan at the Los Angeles Convention Center on February 6, 2015 in Los Angeles, California. The annual benefit raises critical funds for MusiCares' Emergency Financial Assistance and Addiction Recovery programs. (Photo by Frazer Harrison/Getty Images) (Frazer Harrison/Getty Images)

A polêmica entre o Spotify e Neil Young está agitando o mundo da música nas últimas semanas. Enquanto o cantor acusa o podcaster Joe Rogan de promover desinformação sobre a covid-19 - e, na esteira, inclui a plataforma na responsabilidade - outros artistas se juntam ao coro.

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Uma das primeiras a seguir o astro do rock foi a cantora Joni Mitchell. Ela seguiu os passos de seu colega um dia depois de Young remover seu catálogo do Spotify, no dia 28 de janeiro. Na saída, ela citou uma carta aberta de médicos que alertaram sobre os problemas do podcast de Rogan.

“Neil e eu voltamos 53 anos”, disse Nils Lofgren em comunicado em seu site oficial. O cantor deixou a plataforma no dia 29 de janeiro. Ele ainda convocou outros músicos a repetir o gesto.

A podcaster Brené Brown, autora de bestsellers como “A Coragem de Ser Imperfeito” e “A Arte da Imperfeição”, tinha contrato de exclusividade com o Spotify, para a produção de dois podcasts. Desde o final de janeiro, ela se recusa a continuar seus trabalhos, até que um novo aviso seja emitido pela platataforma.

Acompanham ela Wendy Zukerman e Blythe Terrell, que fazem um programa de ciência. Eles prometeram interromper a produção de novos episódios, divulgando apenas aqueles que servirem para combater as fake news relacionadas à covid-19.

No dia 31 de janeiro, foi a vez da cantora e compositora India Arie. Em seu comunicado de saída, divulgado pelo Instagram, ela ainda aproveitou para emendar em outra crítica: enquanto a plataforma fechou contrato de milhões com Joe Rogan, oferece um retorno financeiro de poucos centavos pelos streams que Neil Young (e todos outros cantores) recebe.

Graham Nash saiu no dia 1º de fevereiro e citou a mesma carta dos médicos divulgada por Joni Mitchell. Ele ressaltou que há uma diferença entre engano e notícia falsa.

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A escritora Roxane Gay foi além de seus outros colegas podcasters: a solução encontrada por ela foi remover todo seu catálogo do Spotify, tal qual os cantores.

Por fim, David Crosby e Stephen Stills também deixaram o serviço de streaming, em solidariedade ao ex-colega de banda, Neil Young.

Entenda a polêmica

O caso começou no final de janeiro, quando o cantor Neil Young solicitou a remoção de um episódio do podcast “The Joe Rogan Experience”, original do Spotify. O pedido veio acompanhado de um ultimato: ou o programa em si, ou as músicas dele.

O cantor acusava o programa de promover desinformação relacionada à covid-19, fazendo a associação com a responsabilidade do Spotify em manter ou remover esse tipo de conteúdo. A plataforma optou por retirar as canções de Neil Young e publicou uma nota, dizendo que já tinha excluído mais de 20 mil episódios de podcast desde o início da pandemia.

Com a repercussão - e a queda nos lucros da plataforma - o Spotify anunciou uma nova medida: todos os podcasts que mencionarem a doença terá links para sites com informações cientificamente verificadas - recurso semelhante ao utilizado pelo Instagram.

Desde então, muitas figuras públicas já se pronunciaram: príncipe Harry e sua esposa Meghan, o porta-voz da Casa Branca Jen Psaki e até mesmo o presidente Jair Bolsonaro.

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