A morte da cantora Paulinha Abelha, na tarde da última quarta-feira (23) após 13 dias de internação, segue uma incógnita para os médicos. Ela deu entrada em um hospital da capital sergipana com um quadro de problemas renais e evoluiu para um coma grave. Especialistas tentam entender o que aconteceu.
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Segundo a equipe que cuidou na cantora no Hospital Primavera, a vocalista da banda Calcinha Preta morreu “em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico”. Entre as hipóteses levantadas estava a intoxicação por uso de remédios para emagrecer e diuréticos. Foi confirmado que Paulinha estava fazendo tratamento para perder peso, com o uso de fórmula.
O diretor técnico do hospital, Ricardo Leite, revelou que os órgãos afetados passaram por biópsia para ajudar no processo de diagnóstico, mas não se chegou a uma conclusão a tempo. Uma possível doença autoimune também foi investigada.
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A terceira suspeita girou em torno da Síndrome de Haff, conhecida como “doença do sushi”. Ela é provocada por uma lesão muscular gera a elevação dos níveis séricos de creatina fosfoquinase. Em alguns casos, provoca escurecimento da coloração da urina. Ela começa após a ingestão de certos peixes e crustáceos.
Internação de Paulinha
A evolução do quadro de Paulinha chocou os fãs da vocalista, de apenas 43 anos.
A cantora passou mal durante a turnê da banda em São Paulo. No dia 11, ela deu entrada em um hospital da capital sergipana com um quadro de problemas renais.
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Dias antes, em 8 de fevereiro, o grupo deu uma entrevista ao canal do Youtube Podpah. Na ocasião, a cantora relatou que havia passado mal. “Eu quase tive um ‘passamento’, um desmaio, mas já está tudo bem”, disse no programa ao vivo.
O primeiro boletim médico foi divulgado no domingo (13). Até então, o quadro era estável e artista estava sendo acompanhada por uma equipe médica especializada.
No dia seguinte, novo boletim informou que Paulinha havia sido transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva. De lá para cá, o quadro foi piorando.
Na última terça-feira (22), os médicos concederam uma entrevista coletiva, em que explicaram que a cantora estava no grau mais profundo de coma.
O último boletim médico, ontem, informava que Paulinha realizava hemodiálise e respirava com o suporte de aparelhos. Por volta das 19h20, o perfil da banda anunciou a morte da cantora.
‘Insubstituível’
Diassis Marques, empresário da banda Calcinha Preta, se emocionou ao falar sobre a morte de Paulinha em entrevista ao site Quem.
“Quero guardar para sempre a alegria de Paulinha. Nunca a vi triste! Ela era uma pessoa ímpar e insubstituível. Não me fala chorar mais... ela não queria ver ninguém chorando”, disse.