A escritora britânica J.K. Rowling voltou a se posicionar contra os direitos de pessoas transexuais, nesta terça-feira (8). Dessa vez, as críticas foram direcionadas à primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon.
Recentemente, o parlamento escocês recebeu o projeto de lei de Reforma do Reconhecimento de Gênero. A ideia é simplificar a burocracia para o reconhecimento de gênero de pessoas transexuais, tornando desnecessária a apresentação de relatórios médicos ou provas de uma transição.
Rowling não concorda. “Vários grupos de mulheres apresentaram evidências de boa fonte ao governo de Nicola Sturgeon sobre as prováveis consequências negativas dessa legislação para mulheres e meninas, especialmente as mais vulneráveis. Tudo foi ignorado, se a legislação for aprovada e essas consequências ocorrerem como resultado, não podem fingir que não foram avisados”, escreveu a autora, em sua conta oficial no Twitter, na segunda-feira (7).
Hoje, ela voltou a criticar, dessa vez de forma mais irônica. “Alguém, por favor, envie à Ministra das Igualdades um dicionário e uma espinha dorsal. Feliz Dia Internacional das Mulheres”, tuitou.
“Aparentemente, sob um governo trabalhista [do Labour Party], hoje se tornará o Dia de Nós Que Não Devemos Ser Nomeadas”, complementou, fazendo alusão à saga “Harry Potter”, de sua autoria.
Alguns internautas não gostaram do posicionamento da escritora. Uma fã questionou a autora se ela gostaria de ser reconhecida por esse legado, de se posicionar sempre dessa forma.
“Sim, querida. Vou ficar aqui nesta colina, defendendo o direito de mulheres e meninas falarem sobre si mesmas, seus corpos e suas vidas da maneira que bem entenderem. Você se preocupa com seu legado, eu me preocupo com o meu”, respondeu Rowling.
Assumidamente contra os direitos de pessoas transexuais, J.K. Rowling segue em uma verdadeira “cruzada” contra o avanço dessas pautas em seu país. O elenco de “Harry Potter” e até mesmo os fãs da saga já criticaram a escritora diversas vezes, rejeitando sua presença em eventos associados ao universo mágico.
Leia também: Dia das Mulheres: 5 filmes para entender a importância do feminismo
