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Ex-cantora gospel Jotta se assume como mulher trans e fala sobre as dificuldades enfrentadas no processo

A artista é conhecida por ser uma das maiores cantoras no cenário gospel durante sua infância.

Conhecida por seu sucesso no mercado gospel durante a infância, Jotta se tornou uma grande estrela quando era criança. Talento revelado nos palcos do Raul Gil no SBT, a carreira da artista deixou grandes marcas para o público evangélico.

Além da fama precoce, Jotta também foi a pessoa mais jovem a ser indicada ao Grammy latino do mercado gospel. Contudo, a artista se afastou por um tempo dos holofotes e decidiu retornar anos depois, revelando fazer parte da comunidade LGBTQIA+.

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Fora do mercado gospel por alguns anos, a artista anunciou esta semana sobre sua transição de gênero, se identificando publicamente como uma mulher trans.

“Recomeçar não é fácil, mas estou feliz por estar vivendo todo esse processo. Feliz em ter tantas pessoas que me apoiam e acreditam em mim nessa nova etapa!”, disse a cantora após se assumir publicamente.

Os assédios sofridos

Ao falar sobre seu processo de hormonoterapia junto ao seu endocrinologista, Jotta falou sobre os desafios sobre externalizar seu verdadeiro eu no processo de transição. Ela também comentou sobre os assédios que enfrentou por ser quem é.

“Me lembro da primeira vez que sai na rua usando um vestido e voltei pra casa chorando… eu nunca havia experienciado o assédio masculino antes; desde assobios até insultos”, desabafou a cantora.

“Também me lembro de reduzir o meu ciclo de amizades após ser objetificada de maneira não intencional por alguns amigos que me perguntavam quando iriam começar a crescer os meus seios ou se eu queria ter uma vagina”, continuou.

De acordo com a artista, não existe “lugar de fala” em um mundo onde as pessoas acreditam ter o direito de opinar sobre as outras. Para ela, a viajem será longa até que chegue na melhor versão de si.

O preconceito

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Em entrevista ao Splash no ano passado, Jotta falou sobre o preconceito que sofreu por parte da comunidade evangélica por não aceitarem sua sexualidade – após a artista se assumir bissexual nas redes sociais.

“Eu era uma das cantoras com mais visibilidade no mercado gospel, mas a culpa só crescia porque o aprendizado que tive dentro da igreja era de que ser homossexual é errado. Eu tinha toda uma estrutura empresarial e familiar que dependia financeiramente do meu trabalho. Como se desfazer de tudo isso quando você sabe que se assumir afetará toda a sua carreira? Você não será aceita da forma que é, e, sim, da maneira que eles querem que você seja”, revelou a artista.

Em suas postagens no Facebook, há sempre “reações tristes” por parte de seus seguidores evangélicos e comentários desejando sua volta à comunidade crista.

“Fiquei muito triste com essa notícia! Te acompanho desde Raul Gil e lembro de você nos Gideões (evento pentecostal) cantando com Lauriete. Não o julgando, mas o coração é enganoso! Jesus está muito perto de vir! Ele ama o pecador, o pecado não! Volte! Jesus te ama!”, escreveu uma de suas seguidoras.

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Em contrapartida, houve comentários de apoio à cantora nessa nova fase de sua vida.

“Ainda bem que você se libertou das amarras que te impediam de ser quem você sempre foi.

“Parabéns. E feliz demais. Está muito linda e liberta”, escreveu um seguidor.

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“Sou fã da sua voz. Deus te ama como ama a todos. Vivemos de escolhas e se vamos pagar, pagaremos com Deus. Não sou ninguém ‘pra’ julgar suas escolhas, mas continuo a ouvi-la e sinto Deus sim com sua voz. Muita luz sabedoria ‘pra’ você Jotta”, registrou outra seguidora.

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