Recentemente, a Netflix incluiu em seu catálogo o documentário ‘Segredos e Crimes de Jimmy Savile’. O tema central do documentário, como o próprio título já entrega, é o apresentador da BBC, tanto no rádio, quanto na TV por décadas, Jimmy Savile.
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Savile foi uma personalidade admirada no Reino Unido desde os anos 1970, mas o tempo todo ele havia sido um abusador sexual e pedófilo em série. Este fato veio à tona publicamente após sua morte em 2011 e é justamente sobre isso que o documentário fala.
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O apresentador era amigo de personalidades do Reino Unido, tal como o próprio príncipe Charles, que o procurou sobre conselhos de relações públicas. De acordo com a revista People, a princesa Diana também era uma pessoa com a qual Savile mantinha conversas por telefonemas e um relacionamento próximo. E, para fechar o círculo de amizades famosas de Savile, sabemos que a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher o recebeu em sua casa de campo e pressionou para que ele fosse nomeado cavaleiro.
Savile foi um apresentador muito famoso no Reino Unido por décadas e dirigiu o programa da BBC ‘Jim’ll Fix It’, no qual as crianças escreviam e tinham seus desejos atendidos.
Uma figura excêntrica que sempre aparecia com seu cabelo platinado bem penteado, pulseiras enormes e fumando seus enormes charutos. Mas, a verdade é que a sua personalidade pública escondia a ameaça que ele representava para as muitas jovens que estavam sob seu alcance.
Logo após sua morte, aos 84 anos, a polícia investigou quase 500 alegações de abuso sexual contra Jimmy Savile. Dois anos depois, um relatório oficial produzido pelas autoridades, intitulado Giving Victims a Voice, concluiu: “Agora está claro que Savile estava se escondendo à vista de todos e usando seu status de celebridade e atividade de angariação de fundos para obter acesso descontrolado a pessoas vulneráveis em seis décadas”.
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A maioria das vítimas de Savile eram meninas que ele tinha acesso durante eventos de caridade, inclusive em visitas a hospitais. Alguns, ele conheceu no set de seu programa de TV, incentivando-as a ir ao seu camarim.
Não há indicação de que o príncipe Charles, ou quaisquer outros membros da realeza e políticos da época, soubessem algo sobre os crimes de Savile, que só se tornaram de conhecimento público décadas depois. A Clarence House, entidade da Coroa que representa o príncipe Charles, se recusou a comentar sobre o assunto.