A briga judicial entre a apresentadora Xuxa Meneghel e a deputada federal Carla Zambelli terminou e a rainha dos baixinhos não levou a melhor. Mas, qual foi o real motivo para a abertura de um processo?
O embate entre as duas começou em agosto de 2020, quando Xuxa lançou o livro “Maya: Bebê Arco-Íris”, que leva a temática LGBTQIA+ para crianças. Na época, a publicação foi muito comentada nas redes sociais e a deputada federal também usou os seus perfis para criticar o livro.
Em sua rede social, Zambelli afirmar que o livro de Xuxa Meneghel poderia levar à “destruição de valores humanos” das crianças e, por isso, a apresentadora entrou na justiça pedindo uma indenização de R$ 150 mil por danos morais.
“O alvo dessa teia de destruição de valores humanos não é mais você. Essa mira está apontada para a mente das nossas crianças! Sexualizar e instigar inocentes ao sexo pavimenta a pedofilia e a depravação. Não tenhais medo. Lute por elas conosco”, declarou a parlamentar ao saber do lançamento da publicação. Ela chegou a lançar a a hashtag #XuxaDeixeNossasCriancasEmPaz.
Segundo Xuxa, a publicação feita por Carla Zambelli nas redes sociais “feriu sua honra de forma grave” e que a manifestação “é caluniosa e lhe causa danos à imagem, inclusive com prejuízo aos seus negócios”. A apresentadora também alegou que o livro “busca demonstrar o amor entre as relações pessoais independente da orientação sexual das pessoas, buscando a não discriminação pelo fato de ter a protagonista duas mães homossexuais”.
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No entanto, a deputada federal alegou que estava “preocupada a respeito do conteúdo da obra destinada ao público infanto-juvenil, e defende a manutenção dos valores que considera adequados ao desenvolvimento social e intelectual do povo brasileiro”. Além disso, ainda afirmou que, por Xuxa (a autora) ser uma pessoa pública amplamente conhecida, o livro tem ainda mais alcance e, por isso, “demandou sua atuação específica como parlamentar”.
Ouvindo todos os lados, o processo contra Carla Zambelli foi para segunda instância e, nesta quinta-feira (02), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por meio do relator Luiz Antonio Costa, entendeu que a declaração da deputada configura liberdade de expressão e não “dano ou lesão à honra ou à imagem da Autora [Xuxa]”.
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