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Supremacistas brancos são julgados após chamarem filho de Meghan e Harry de “abominação”

Dois podcasters supremacistas brancos chamaram a criança de três anos de “abominação que deveria ser eliminada”.

Dois homens estão sendo julgados no Reino Unido após terem chamado o filho de Meghan Markle e do príncipe Harry, Archie, de apenas 3 anos, de “abominação”. O julgamento está acontecendo na corte de Kingston Crown, e negam atos encorajadores de terrorismo de extrema direita por meio de seu podcast entre 3 de março de 2019 e 9 de fevereiro de 2020.

O podcast em questão se chama Black Wolf Radio. Promotores britânicos afirmaram no tribunal que Christopher Gibbons, 38, e Tyrone Patten-Walsh, 34, fizeram abertamente os comentários ameaçadores e abusivos em seu podcast direcionado ao príncipe Harry e sua família.

Eles disseram no podcast que o príncipe Harry deveria ser “judicialmente morto por traição” por se casar com Meghan Markle e chamaram o filho deles, Archie, de “abominação que deveria ser eliminada”. Os dois podcasters se defendem em tribunal usando o argumento de liberdade de expressão.

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O processo judicial iniciado no Reino Unido escancara o nível chocante e extremo de injúria racista dirigida ao casal.

Neste ano, o príncipe Harry disse que “não era seguro” para ele ou sua família visitar o Reino Unido sem proteção policial dedicada, e está processando o governo britânico por modificações nas regras de segurança dele e de sua família, uma vez que deixaram de ser membros da família real.

Meghan Markle já havia chamado sua experiência de ser abusada online de “quase impossível de sobreviver”, e em 2020 ela disse a um podcast intitulado Terapia Adolescente: “Me disseram que em 2019, eu era a pessoa mais trollada do mundo inteiro, homem ou mulher”.

Isso não é tudo

Os promotores britânicos acusam a dupla de podcasters de terem encorajado atos de terrorismo de extrema direita. Eles supostamente teriam usado uma série de 23 podcasts para elogiar o tiroteio em massa na Nova Zelândia em 2019 que deixou 51 pessoas mortas em duas mesquitas durante as orações de sexta-feira.

Eles também se referiram às vítimas do atentado suicida de 2017 na Manchester Arena, no qual 22 pessoas que assistiam a um show de Ariana Grande foram mortas, como “vadias”. Patten-Walsh supostamente disse: “Eles começam a gritar e isso é o que realmente me agrada, porque eu odeio essas pessoas”.

A promotora Anne Whyte QC disse ao Kingston Crown Court: “Eles pensaram que, se usassem o formato de um programa de rádio, à vista de todos, poderiam passar seu empreendimento como o exercício legítimo de sua liberdade de expressão. Na verdade, o que eles estavam fazendo era usar uma linguagem destinada a encorajar outros a cometer atos de terrorismo de extrema direita contra os setores da sociedade que esses réus odiavam”.

Racismo na realeza

Durante a entrevista bombástica concedida à Oprah Winfrey em março do ano passado, Meghan e Harry disseram ter sido vítimas de racismo dentro da Coroa britânica. Meghan disse que seu marido foi questionado sobre a provável cor da pele de seu filho ainda não nascido quando ela estava grávida e que “preocupações” foram levantadas sobre o assunto.

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O casal também reclamou de abusos racistas quando revelaram que estavam namorando. Na época, Harry escreveu uma carta denunciando “a difamação na primeira página de um jornal nacional; os tons raciais dos comentários; e o sexismo e o racismo descarados dos haters das redes sociais e comentários de artigos da web”.

Houve o caso ainda da escritora britânica, Rachel Johnson, irmã do primeiro-ministro Boris Johnson, que escreveu no Mail on Sunday, quando o relacionamento foi relatado pela primeira vez, que se o casal tivesse filhos, “os Windsor engrossariam seu sangue azul e aguado e a pele pálida e ruiva de Spencer com um DNA rico e exótico”. Posteriormente, ela se desculpou pelo comentário.

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