ATENÇÃO: ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DA PRIMEIRA TEMPORADA DE “SANDMAN”
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Logo no primeiro episódio de “Sandman”, o público vê o protagonista sendo preso e as consequências disso. Uma delas é uma “epidemia de sono”, em que algumas pessoas dormem por anos, enquanto outras não conseguem sequer pregar os olhos.
Você sabia que essa epidemia retratada na série da Netflix é inspirada em um caso real?
Trata-se da encefalite letárgica, também chamada de doença do sono. Ela foi descoberta pelo neurologista Constantin von Economo, em 1917, dois anos após a patologia começar a se espalhar pelo mundo.
Cerca de um milhão de pessoas foram afetadas pelo distúrbio, principalmente em países da Europa e da América do Norte. Cientistas nunca descobriram a causa exata da doença nem a origem da epidemia.
O que se sabe é que a encefalite letárgica causa uma inflamação de componentes do sistema nervoso central. Alguns pesquisadores chegaram a detectar uma infecção bacteriana na garganta previamente à doença, mas a amostragem foi muito baixa para determinar a relação.
Os sintomas da doença incluíam letargia, sonolência incontrolável, tremores parecidos com Parkinson e sintomas similares aos da gripe.
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Cerca de metade das pessoas que foram infectadas nas décadas de 1910 e 1920 com a doença acabaram morrendo. Sem grandes explicações, a epidemia acabou em 1926.
Como a epidemia é retratada em “Sandman”
A epidemia de encefalite letárgica é tida como um efeito da prisão de Sonho, protagonista da série. Isso se daria porque ele é a manifestação dos sonhos de qualquer ser no universo.
Sem o Governante do Sonhar, alguns humanos não conseguiam retornar aos seus corpos e permaneciam sonhando. A série mostra apenas uma sobrevivente à epidemia: a milionária Unity Kincaid.
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