Desde o começo da manhã desta quarta-feira, 14, centenas de pessoas se organizaram para ver de perto o caixão da Rainha Elizabeth em Westminster Hall, em um funeral público que acontece até o dia de seu sepultamento, segunda-feira, 19. A monarca do Reino Unido morreu “pacificamente”, de acordo com o comunicado do Palácio de Buckingham, no dia 8 de setembro.
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É tradição que os monarcas tenham o caixão exposto ao público no Westminster Hall, um dos edifícios mais antigos da Europa e construído há mais de 900 anos, em 1907. Além dos monarcas do país, o ex-premiê Winston Churchill foi uma das exceções e também recebeu a honraria de um velório no local em 1965.
Elizabeth morreu aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Como seu marido, o príncipe Philip, que morreu em abril do ano passado, a Rainha será enterrada em um caixão de carvalho inglês, com alças de latão que foi projetado há mais de 30 anos e forrado com chumbo.
Prática da era vitoriana
A tradição de enterrar a realeza em caixões revestidos de chumbo remonta a centenas de anos. Como os membros da família real são enterrados dentro de uma câmara, em vez de diretamente no solo, seus caixões são revestidos com chumbo para retardar a decomposição.
O chumbo veda o caixão e evita a entrada de umidade, preservando o corpo por até um ano. A prática remonta à era vitoriana, quando um selo hermético em um caixão era necessário para evitar os efeitos potentes da decomposição em enterros acima do solo.
Membros da família real e da nobreza inglesa usam caixões revestidos de chumbo há pelo menos quatro séculos.
De acordo com os registros da Abadia de Westminster, a rainha Elizabeth I e o rei Carlos II foram enterrados em caixões revestidos de chumbo, assim como a princesa Diana, Sir Winston Churchill e Sir Francis Drake.
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A combinação de chumbo e carvalho faz um caixão pesado, tão pesado que necessita de oito carregadores militares para levantar o caixão da Rainha.
E como é feito um caixão para uma rainha?
O caixão de carvalho foi feito há mais de 30 anos, confirmaram os diretores da funerária ao USA TODAY. A Leverton & Sons, que atuou como diretora funerária da casa real, disse que herdou o caixão feito para a rainha por outra empresa, a Kenyons.
Andrew Leverton, diretor funerário da Leverton & Sons, disse anteriormente ao jornal britânico Times “É feito de carvalho inglês, que é muito difícil de conseguir”.