Famosos, amigos e populares usam as redes sociais para se despedir e homenagear a jornalista Susana Naspolini, que morreu aos 49 anos vítima de câncer. Ela estava internada desde a semana passada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde faleceu na terça-feira (25). Repórter da TV Globo desde 2002, ela ficou famosa pela forma divertida e como interagia com a população durante suas reportagens no Rio de Janeiro (relembre a carreira dela abaixo).
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A morte da jornalista, que lutava contra um câncer na bacia há dois anos, foi confirmada pela filha dela, Julia, de 16 anos, que postou um comunicado no perfil de Susana no Instagram.
“Oi, amigos, Julia aqui. É com o coração doendo que venho contar pra vocês que a mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações, muito mesmo, muito obrigada, mas infelizmente não deu”, lamentou a filha.
Ao longo da vida, a jornalista já tinha sido diagnosticada com câncer outras três vezes. Apesar disso, sempre demonstrava muita fé e alto astral e não se deixava abalar. Ela era conhecida pelo bom humor e foi exatamente isso que marcou a passagem dela na TV Globo Rio, principalmente nos quadros de jornalismo comunitário do jornal “RJ1″.
Logo após a confirmação da morte, muitas homenagens começaram a ser feitas para a jornalista. Entre elas estava a de Fátima Bernardes, que ressaltou o talento da amiga.
O jornalista e apresentador Tadeu Schmidt também destacou o estilo único de Susana na reportagem. “Prendia o telespectador. Deixava entrevistados e personagens encantados”, disse ele.
O jornalista André Trigueiro, da GloboNews, também prestou sua homenagem e ressaltou que Susana levou esperança e soluções para as comunidades de baixa renda. “Enfrentou com coragem o câncer em várias batalhas”, enfatizou.
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Na terça-feira, ao noticiar a morte de Susana no “Jornal Nacional”, da TV Globo, Renata Vasconcellos e William Bonner se emocionaram e comoveram internautas. Uma reportagem foi exibida, mostrando como a jornalista tinha um jeito descontraído de se aproximar da população para mostrar e pedir solução pelos mais diversos problemas.
Vida e carreira
Susana Dal Farra Naspolini Torres nasceu no dia 20 de dezembro de 1972, em Criciúma, Santa Catarina. Em 1990, iniciou o curso de jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.
Quando estava no primeiro ano da faculdade, conseguiu uma vaga no Tablado para cursar teatro, no Rio de Janeiro. Assim, ela trancou os estudos e se mudou para tentar seguir com a carreira de atriz.
Em 1991, aos 18 anos, ela recebeu o primeiro diagnóstico de câncer, um linfoma de Hodgkin. Foi quando retornou para Santa Catarina e retomou os estudos no curso de jornalismo. Logo depois, iniciou a carreira nas emissoras de TV do estado.
Anos depois, ela voltou para o Rio de Janeiro, onde trabalhava no Grupo Globo desde 2002. Seu bom humor foi sempre destacado como marca registrada nas reportagens que fazia.
Aos 37 anos, em 2010, ela teve o segundo diagnóstico de câncer, dessa vez um tumor maligno na mama. Logo em seguida, teve câncer na tireoide. Na época, ela já apresentava o quadro “RJ Móvel”, no RJ1 TV Globo do Rio.
Em 2016, aos 43 anos, ela enfrentou mais uma vez um câncer de mama, que evoluiu para metástase nos ossos, em 2020. A jornalista passou por quimioterapia e apresentou melhora do quadro. No entanto, em março deste ano, ela disse em postagem nas redes sociais que a doença tinha voltado a progredir e afetou sua bacia. Assim, ela tinha novamente retomado o tratamento.
“Nos meus diagnósticos de câncer (linfoma, tireoide, duas vezes na mama e mais recentemente na bacia), meu primeiro impulso foi chorar e me desesperar. Mas refleti que estou tratando o câncer desde os 18 anos. Hoje tenho 48. Se lá aos 18 eu tivesse me desesperado, como teria sido?”, disse Susana em entrevista ao jornal “Extra”, em setembro do ano passado.
Em 2019, a jornalista lançou o livro “Eu escolho ser feliz”, uma autobiografia onde enfatizou sua luta contra o câncer e o otimismo que, segundo ela, foi o que a motivou a seguir em frente apesar dos diagnósticos.
Na publicação ela também relembrou a morte do marido, o narrador e apresentador esportivo Maurício Torres, que faleceu em 2014, com falência múltipla de órgãos decorrente de quadro infeccioso.
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