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“Histórico”, definiu Liniker, a primeira cantora trans premiada no Grammy Latino

Nascida em São Paulo, a artista levou o prêmio de Melhor Álbum de MPB; conheça a trajetória dela

Cantora ficou conhecida ao lançar a banda Liniker e Os Caramelows
Cantora ficou conhecida ao lançar a banda Liniker e Os Caramelows (Divulgação/Leila Penteado)

Liniker tornou-se a primeira cantora trans a ganhar um Grammy Latino e, durante a premiação desta quinta-feira (17), falou sobre a importância do reconhecimento em sua carreira e também para todas as artistas trans do Brasil.

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Ao levar o prêmio de Melhor Álbum de MPB, com seu álbum de estúdio “Indigo Borboleta Anil”, a cantora chorou e celebrou: “Olá. Eu sou a Liniker, sou uma cantora, compositora e atriz brasileira e hoje algo histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que um artista transgênero ganha um Grammy”, disse ela.

Em seu discurso, Liniker agradeceu a toda sua equipe e destacou que este é um sonho realizado: “Muito obrigada a toda a minha equipe, que está comigo desde o início, sonhando comigo. Obrigada a meus produtores, a todas as compositoras que trabalharam comigo neste álbum. Estou muito feliz. Muito obrigada”.

Além dela, Marisa Monte ficou com o prêmio de Melhor Canção em Língua Portuguesa, com a música “Vento Sardo”, gravada em parceria com Jorge Drexler. A artista concorreu contra Liniker, Caetano Veloso, Marina Sena e Jão.

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Outros artistas brasileiros, como Ludmilla, Erasmo Carlos, Bala Desejo e Chitãozinho e Xororó também estiveram na premiação, que aconteceu nos Estados Unidos e levaram o gramofone de ouro. Já Anitta, que concorreu com “Envolver” nas categorias de Gravação do ano e Melhor Interpretação Reggaeton, não ganhou levou o prêmio para casa.

A trajetória musical de Liniker

Nascida em Araraquara, Liniker nasceu em uma família repleta de músicos, onde aprendeu muito sobre samba, samba-rock e soul, além de outros ritmos. Mas, o gosto pela carreira musical não aconteceu rapidamente, antes de cantar, ela se jogou nos palcos de teatro.

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Depois de um tempo, em 2015, ela formou a banda Liniker e os Caramelows e lançou o EP “Cru”. Mas foi na internet que Liniker ganhou mais espaço, seus vídeos performáticos começaram a ganhar o público e gerou milhões de visualizações. Já no ano seguinte, o grupo lançou “Remonta”, álbum que foi gravado com ajuda dos fãs por meio de um financiamento coletivo.

O sucesso estava cada vez mais perto, mas o próximo projeto de Liniker e os Caramelows, chamado “Goela Abaixo”, só surgiu em 2019, marcando o fim da banda, já que no ano seguinte, ela e o Barone, baixista e produtor do grupo, anunciam a separação.

Em 2021, em plena pandemia da covid-19, Liniker não descansou e lançou seu primeiro projeto musical solo, intitulado “Indigo Borboleta Anil”, que contou com as colaborações de Milton Nascimento e Tassia Reis.

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