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Conselho nega que enfermeira tenha vazado informações de Klara Castanho em hospital

Atriz foi estuprada, engravidou e entregou a criança para adoção e disse que situação íntima foi exposta

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) encerrou as investigações sobre o caso Klara Castanho e negou que uma enfermeira tenha vazado informações íntimas da atriz enquanto esteve internada em um hospital particular em Santo André, no ABC Paulista. Em junho do ano passado, a artista divulgou uma carta aberta na qual disse ter sido vítima de um estupro, engravidou e decidiu deixar a criança para adoção. Segundo ela, enquanto ainda estava internada, a história vazou para a mídia.

Na carta, Klara contou que, logo após o nascimento do bebê, quando ela ainda estava anestesiada, uma enfermeira ameaçou contar a história para a imprensa. “A enfermeira que estava na sala de cirurgia fez perguntas e ameaçou ‘imagina se tal colunista descobre essa história’. Quando cheguei no quarto já havia mensagens de um colunista”, contou ela.

A denúncia da atriz passou a ser investigada pelo Coren-SP, que acabou arquivando o caso. Em nota, o órgão disse que realizou uma sindicância no Hospital Brasil e “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”.

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“O conselho seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo. Até o momento, o Coren-SP também não recebeu denúncia por parte da atriz quanto ao tema”, ressaltou a nota do órgão.

Relembre o caso

A história começou com um post nas redes sociais pelo jornalista Matheus Baldi, no dia 24 de maio de 2022 , no qual ele contou que Klara deu à luz uma criança. A atriz pediu e ele acabou excluindo a publicação, mas a história acabou se espalhando.

Assim, no dia 23 de junho de 2022, a apresentadora Antônia Fontenelle falou sobre o caso, sem citar nomes, durante uma live. Em tom agressivo, ela disse que uma atriz de 21 anos teria engravidado e entregue o bebê para adoção. Ela deu várias dicas, citando que a artista em questão já havia trabalhado na TV Globo e, atualmente, faz parte do elenco de uma série da Netflix. O caso logo repercutiu nas redes sociais e internautas passaram a especular o nome da atriz.

Foi então que Klara decidiu se pronunciar pela primeira vez sobre o assunto através de uma carta aberta publicada em sua rede social.

Depois disso, o colunista Léo Dias, do site Metrópoles, fez um texto falando sobre o caso. Após repercussões negativas sobre a divulgação da história, Lilian Tahan, diretora de redação do portal, retirou a matéria do ar e disse que “o site expôs de forma inaceitável os dados de uma mulher vítima de violência brutal.”

Pela lei brasileira, por ter sido estuprada, Klara teria direito a fazer um aborto legal. No entanto, a atriz relatou que preferiu fazer a entrega da criança para a adoção, devidamente assistida pela Justiça, o que é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Carta aberta

Na época, Klara explicou na carta aberta o que tinha acontecido: “Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la desse maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos”, declarou a artista.

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Segundo Klara, logo depois que o bebê nasceu, ela foi ameaçada pela enfermeira. Depois da repercussão do caso, a Rede D’Or, responsável pelo Hospital Brasil, informou que tinha sido aberta uma sindicância para investigar a denúncia.

Na época, a instituição disse que “tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato.”

Em seguida, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Coren-SP também publicaram cartas abertas dizendo que apuravam o caso. No entanto, agora, o conselho regional destacou que o caso foi arquivado e que não houve comprovação de culpa da enfermeira. Já o Cofen ainda não se posicionou sobre a sua sindicância.

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