O cantor Ed Sheeran revelou, nesta quarta-feira (1), uma situação triste que aconteceu recentemente com sua família. Durante a gestação, sua esposa foi diagnosticada com um tumor, que só poderia ser tratado após o parto.
Ed é casado com a consultora financeira Cherry Seaborn, com quem namora desde a época do colégio. Em meados do ano passado, ela soube da doença. Contudo, foi ao mesmo tempo em que aguardavam a chegada de Jupiter, segunda filha do casal.
A delicada situação se aliou à morte de Jamal, melhor amigo de Ed, fazendo com que o cantor mergulhasse em “um espiral de medo, depressão e ansiedade”.
“No início de 2022, uma série de eventos mudou minha vida, minha saúde mental e, finalmente, a maneira como eu via música e arte”, declarou, na carta aberta.
Foi quando o cantor resolveu transformar toda sua dor em música - antecipando que esse será, provavelmente, um de seus discos mais tristes.
“Subtract” (estilizado “-”) tem data de lançamento marcada para 5 de maio. Ele encerra a “saga matemática”, que teve “Plus” (”+”) em 2011, “Multiple” (”x”) em 2014, “Divide” (”÷”) em 2017 e “Equal” (”=”) em 2021.
Confira a carta na íntegra, traduzida:
Eu estava trabalhando em “Subtract” por uma década, tentando esculpir o álbum acústico perfeito, escrevendo e gravando centenas de músicas com a visão clara do que eu achava que deveria ser.
Mas então, no começo de 2022, uma série de eventos mudou minha vida, minha saúde mental, e, por último, o jeito que eu via música e arte.
Compor músicas é minha terapia. Ajuda a fazer sentido aos meus sentimentos. Eu escrevi sem pensar no que as músicas seriam, eu apenas escrevi qualquer coisa que saía de mim. E em apenas uma semana, eu substituí décadas de trabalho com os meus pensamentos mais profundos e obscuros.
Em um mês, minha esposa grávida descobriu que tinha um tumor, sem alternativa alguma de trabalho até o parto. Meu melhor amigo Jamal, um irmão para mim, morreu de repente e eu me vi em um tribunal defendendo minha integridade e carreira como um compositor.
Eu estava em um espiral de medo, depressão e ansiedade.
Eu senti que estava me afogando, com a cabeça embaixo da superfície, olhando para cima mas não conseguindo emergir para respirar.
Como artista, eu não senti que eu poderia colocar no mundo um trabalho que não representasse com precisão onde estou e como preciso me expressar neste momento da minha vida.
Este álbum é puramente isso. É uma porta para a minha alma. Pela primeira vez, eu não estou tentando fazer um álbum para as pessoas gostarem. Estou meramente botando algo para fora que é honesto e verdadeiro ao meu momento atual na vida adulta.
Esta é a introdução do meu diário de fevereiro deste ano e meu caminho para trazer um sentido a isso. Isto é “Subtract”.
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