O ator Reynaldo Gianecchini está vivendo um momento singular: em alta na vida profissional e pessoal. Após assumir a flexibilidade de sua sexualidade, deixou o contrato fixo com a TV Globo, estrelou uma série de TV para a Netflix, “Bom Dia, Verônica”, e agora está em cartaz no Teatro Vivo, em São Paulo, com a peça “A Herança”.
No espetáculo, inclusive, ele interpreta um homem que assumiu ser homossexual depois dos 40 anos de idade, após um casamento com uma mulher e filhos. Coincidência a escalação? Para ele sim.
“Está sendo bem diferente de mim [não só] fisicamente, mas o jeito que ele pensa. Aos poucos, ele foi ficando mais afeminado, foi se soltando ao longo do tempo”, pontuou, em entrevista ao portal Gshow..
“Gosto muito de fazer personagens que me façam descobrir outro corpo, outra voz, outro jeito de me expressar, diferente do meu”, declarou.
Vida pessoal
Apesar do bom momento, isso não quer dizer que Reynaldo deseja voltar às páginas de fofoca. “Levanto bandeira de você ser quem você é, viver a sua verdade, na sua potência. Mas você nunca vai me ouvir falar com quem estou transando”, disse.
Ele disse que nunca gostou sobre as especulações sobre sua sexualidade, sempre alvo de fofocas. “Sempre especularam muito sobre a minha vida e 90% do que saía a meu respeito era mentira. Mas depois dos meus 40 e tantos, comecei a ligar um f*da-se maravilhoso, não me incomoda mais em nada”, confessou.
“Estou solteiro há muito tempo, nove anos. Faz muito tempo que não namoro e, ao mesmo tempo, gosto de estar solteiro, gosto de estar disponível para a vida (...) Ainda não pintou nenhuma conexão que eu achasse que fosse para um relacionamento”, explicou Reynaldo.
“As pessoas ainda tentam encontrar um rótulo para a minha vida. ‘Ai, eu sabia que ele era gay’. Ok, posso ser gay, posso estar em uma relação com homem, mas não me defino só como uma coisa. Assim como posso estar em uma relação com uma mulher também. Tudo para mim é possível”, continuou.
Reynaldo ainda deixou um recado: que as pessoas deveriam se preocupar com a própria sexualidade. “A gente está em um país muito reprimido, por isso que as pessoas estão tão interessadas pela sexualidade do outro. A liberdade do outro mexe com elas e elas não sabem lidar com isso - preferem te atacar e revelar aspectos delas mesmo”, concluiu.
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