Em 2008, o sequestro e cárcere privado de Eloá Cristina, que terminou assassinada, era televisionado, ganhando repercussão nacional e internacional e sendo reconhecido como um dos maiores exemplos do mau uso do jornalismo.
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Lindemberg Fernandes Alves, com 22 anos, invadiu o domicílio de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em São Paulo. A jovem estava estudando com a amiga, Nayara Rodrigues da Silva, que sobreviveu.
Na época, a jornalista Sonia Abrão conseguiu o telefone do apartamento e falou com o sequestrador. Ela foi acusada de sensacionalismo e de atrapalhar as negociações com a polícia.
Eloá foi baleada na virilha e na cabeça e não sobreviveu aos ferimentos. Lindemberg, condenado a 39 anos de prisão pela morte, está em regime semiaberto após 15 anos do crime.
Essa semana, Sonia Abrão voltou a falar do caso e disse que não tem medo de ser “cancelada” ou se desculpar, mas que não faria nada diferente se tivesse novamente uma cobertura dessas em seu controle.
“Sem dúvida foi o momento mais dramático da minha carreira! Fui a única pessoa com quem ela falou, ainda no cativeiro, três dias antes de ser morta. Fiquei muito tensa e emocionada.
Em seus 23 anos como apresentadora de Tv, Sonia já tinha dado declarações parecidas defendendo-se de todas as críticas.
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“De jeito nenhum (me arrependi), fiz uma cobertura perfeita, isso que as pessoas não aceitam”, falou em entrevista com Helen Braun durante o Morning Show, em 2015.
Sonia fez entrevistas com Lindemberg enquanto ele mantinha um revólver na cabeça de Eloá e da amiga Nayara. Ela chegou a perguntar sobre a infância do sequestrador e sobre ele ter crescido sem o pai.
“Você é um cara legal, mas neste momento ninguém entende o que passa na sua cabeça”, falou em uma entrevista que conseguiu segurar a audiência por mais de vinte minutos.
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