Conhecida ativista da causa animal, a cantor Rita Lee, que morreu no final da noite desta segunda-feira (8), relatou em sua autobiografia como foi “roubar” as cobras do roqueiro Alice Cooper. O caso, citado no capítulo “As cobras de tia Alice”, ocorreu o ano de 1974, quando o cantor fazia uma turnê com passagem pela cidade de São Paulo.
Conforme divulgado pelo G1, a cantora relata ter ficado inconformada com a forma como a cobra foi tratada pelo roqueiro durante o show. Enquanto assistia ao show, ela viu a cobra ser chacoalhada e pisoteada durante a performance, antes de ser recolhida pela produção.
Horrorizada com a atitude de Alice Cooper, Rita Lee usou sua “lábia” para convencer o segurança a dar passagem e foi atrás da cobra, que estava enrolada no pescoço de Andy Mills, responsável pelos cuidados com o animal.
Ao localizá-la, Rita relata que o homem estava com a cobra “enrolada no pescoço, tipo acalmando a pobre” quando ela se aproximou e o questionou se o cantor tinha “algum sentimento nobre” pelo réptil.
Diante da resposta negativa e pela conexão imediata com Andy, Rita Lee saiu do Anhembi levando a cobra usada no show e outra filhote, que seria treinada para apresentações futuras. Ela as batizou de Mouchie e Angel.
Problemas alimentares
Após resgatar os animais e acomodá-los em sua casa, Rita Lee se surpreendeu ao descobrir a forma de alimentar as cobras que havia resgatado: com ratos vivos.
Para não ver o bote, ela soltava os ratos na frente das cobras e as deixava, mas nem sempre o resultado era o esperado já quem em uma ocasião a cantora se deparou com um dos ratos vivo e “passeando por sua sala”, enquanto as cobras “fingiam que dormiam”.
Mouchie e Angel morreram tempos depois enquanto estavam sob os cuidados de uma vizinha de Rita Lee, que na ocasião estava em turnê.
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