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Lilly Martins conta como está meses após denunciar abuso pelo irmão da Virginia: ‘durmo a base de medicamento’

A bombeira civil voltou a falar sobre abuso sofrido por irmão de Virginia Fonseca dois meses depois do ocorrido

Lilly Martins denunciou William Gusmão por importunação sexual à Polícia Civil
Reprodução Lilly Martins denunciou William Gusmão por importunação sexual à Polícia Civil no início de abril deste ano (Arquivo pessoal/Lilly Martins)

No início de abril, a empreendedora de 27 anos, Lilly Martins, acusou o irmão da influenciadora e empresária, Virginia Fonseca, William Gusmão, por importunação sexual.

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Dois meses após o ocorrido, a empreendedora falou com a colunista Fábia Oliveira, do site Metrópoles, abrindo jogo sobre como se sente e revelando que o ocorrido inclusive trouxe gatilhos da infância, quando havia sido abusada pela primeira vez.

“Nunca tinha imaginado que eu ia voltar tudo aquilo que eu passei dos meus 7 aos 18 anos. Ao tratar com psicólogos que fui entender as coisas e, mais uma vez, eu com 28 anos, volta tudo por causa desse homem. Eu não consigo, mais uma vez, sorrir por causa de alguém que faz inferno na minha vida, que me machuca”, desabafou a empresária.

Lilly Martins contou ainda que não dorme sem medicamentos após o abuso: “Dois meses sem Justiça, sem nada, um monte de ataques e as pessoas me xingando. A minha cabeça está a mil, só consigo dormir a base de medicamento, não consigo viver se não tomar remédio contra crises de ansiedade”, desabafando com a jornalista que as crises aparecem por “não ter a justiça sendo feita”.

Lilly Martins denunciou William Gusmão por importunação sexual à Polícia Civil
Reprodução Lilly Martins denunciou William Gusmão por importunação sexual à Polícia Civil (Arquivo pessoal/Lilly Martins)

A bombeira civil seguiu falando sobre como a sua vida virou de cabeça para baixo, dizendo que a terapia tem sido essencial, mas que muitas vezes acaba não conseguindo ficar bem: “Quando eu vou fazer terapia alivia, mas quando chego em casa, tudo volta, principalmente ao entrar no Instagram e ver aquele monte de coisas, mensagens, esse homem debochando da minha cara: até de javali e de animal esse homem me chamou. As pessoas me mandam o que ele fica soltando, as mentiras. A advogada dele me perseguiu, mandou áudios pra mim, me ligou, telefonou pro meu trabalho pra eu perder meu emprego e ela perseguiu a mim e a Juliana de carro. Eu a denunciei e ela foi indiciada por perseguição”.

Lilly contou ainda sobre a decisão de fazer a denúncia: “Após ele enfiar a mão nas minhas partes íntimas, eu já sabia que eu ia denunciar ele. Ele enfiou a mão dentro minha roupa por duas vezes e eu não tive reação nenhuma, como eu não tenho reação de muitas coisas impactantes que acontecem na minha vida. Parada eu fico, parada eu eu continuo. A partir daquele momento que eu me senti estuprada, que ele enfiou a mão lá ‘dentrão’, eu juro pra você que eu pensava: ‘Eu tenho que ir na delegacia, tenho que denunciar esse homem’”.

Em 9 de maio, no entanto, Lilly foi indiciada por acusação falsa e o irmão de Virginia, William Gusmão, deixou de ser indiciado por importunação sexual. A bombeira civil segue tentando justiça.

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