Ella Viana, conhecida artisticamente como Jotta A, resolveu compartilhar alguns detalhes sobre seu processo de transição de gênero. A cantora de 25 anos de idade, que foi um fenômeno no gospel quando criança, resolveu abrir uma caixinha de perguntas em seu Instagram nesta segunda-feira (12).
Questionada sobre como se sente na nova fase, a artista revelou estar feliz com o processo.
“Gente, é sério, essa é a melhor fase da minha vida. Uma fase de autoconhecimento, de ressignificar minha vida, de acolhimento da minha família. Na minha carreira eu estou vivendo coisas que eu não vivia antes e explorando coisas que não explorei ainda. Estou muito feliz”, revelou.
Questionada se já “experimentou o novo corpo”, Jotta respondeu que há muitas coisas não experimentadas 100%. “Tenho que experimentar muita coisa nesse corpinho ainda”, disse.
Após cirurgia de feminização e implante de silicone compartilhada na semana passada, Jotta anunciou uma nova fase na carreira musical com uma postagem nas redes.
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Fenômeno do gospel
Jotta A ganhou os olhos da mídia ao participar do programa de calouros de Raul Gil aos 12 anos de idade. Ao cantar a música ‘Aleluia’ (Adaptação em português do clássico ‘Hallelujah’, de Leonard Cohen) ao lado de Michely Manuely, o então pré-adolescente chamou a atenção das gravadoras e produtoras musicais.
David Foster, que coleciona 16 prêmios Grammy e trabalhou com Michael Jackson, desejava levar o garoto para os Estados Unidos. Entretanto, devido ao receio dos pais evangélicos, Jotta A acabou não saindo do país e assinou com uma gravadora de música gospel.
“O gospel me levou a lugares em que jamais imaginei pisar, muito além das apresentações em programas de televisão. Além de cantar, eu compunha minhas canções. Concorri ao Grammy Latino, mas, infelizmente não venci. Cheguei a fazer quinze shows por mês e fui morar na Colômbia, onde lancei dois álbuns em espanhol. Conquistei discos de ouro e platina”, disse Ella Viana de Holanda.
Em 2021, a artista deixou a igreja e se assumiu gay. No ano seguinte, começou a transição de gênero e foi apoiada por sua família, segundo uma entrevista dada para a Veja.
“A transição me fez perder amigos, ser atacada na internet diariamente, mas tenho a sorte de ter minha família, mesmo surpresa com tantas mudanças, ao meu lado. Minha irmã me aceitou instantaneamente. Com o tempo, meus pais e irmão também conseguiram se acostumar com meu verdadeiro eu”, revelou.