Os avanços da inteligência artificial estão cada vez mais impressionantes. Recentemente, voz e imagem de personalidades já falecidas passaram a ser compartilhadas e utilizadas em comerciais, imagens e músicas que são recebidas pelos fãs como uma forma de “rever” o artista.
No entanto, nem todos os famosos “homenageados” com essa tecnologia, ficariam felizes em ter sua imagem ou voz reproduzidas pro uma máquina. Segundo o guitarrista do Charlie Brown Jr, Marco Britto, Chorão seria um deles.
Conforme publicado pelo Bol Entretenimento, o cantor provavelmente não aprovaria a inteligência artificial cantando com sua voz.
Em uma reação a vídeos em que a voz de Chorão aparece em canções de outros artistas, Marco fala:
“A máquina imitando a vida, ou a vida imitando a máquina? É uma boa pergunta. Não sei se ele iria curtir algo que imita a voz dele. Ele não curtia muito essas coisas ou pessoas que imitavam. Gostava de originalidade”.
“É uma experiência interessante”
Em entrevista ao G1, Marco ainda abortou temas como a percepção das pessoas diante das músicas e revelou seus sentimentos ao ouvir a voz do amigo, morto em 06 de março de 2013.
“É estranho. Algumas coisas ficaram boas, outras não. É uma experiência interessante e válida como entretenimento”.
Versões de Chorão cantando música de outros artistas como Vitor Kley, Supercombo e Matuê estão cada vez mais buscadas na internet, conquistando uma série de reproduções e visualizações
Mas, para Marcão, nem tudo se assemelha aos gostos e trejeitos do amigo. Sobre a música “O Sol”, de Vitor Kley, ele afirma: “O desenho da melodia tem características muito diferentes de como Chorão compunha e cantava, portanto, não achei tão realista”.
No entanto, sua opinião muda quando o assunto é a versão da música “A morte do autotune”, de Matuê: “Lembra um pouco mais, talvez por ser rap”.
Apesar de ser uma forma saudosa de relembrar personalidades que marcaram gerações e de satisfazer momentaneamente os fãs. Marcão afirma que não é o suficiente quando quesito é saudade: “Não acredito porque não é algo real, ainda fica muito robotizada e artificial. No futuro, provavelmente teremos coisas realmente surpreendentes, nada vai substituir a sensibilidade, o coração e alma de um ser humano”.