Preta Gil compartilhou uma experiência transformadora de sua vida, relembrando um episódio em 2017 quando foi vaiada por mais de três mil pessoas ao vivo durante uma palestra.
O motivo desse repúdio repentino foi sua autodefinição como uma "mulata". Inicialmente, ela acreditava que esse termo era uma descrição apropriada devido à sua ascendência miscigenada. No entanto, a reação negativa da plateia a fez questionar suas próprias palavras e buscar entender o significado mais profundo desse termo.
Em uma conversa franca no programa "De Frente com Blogueirinha", Preta Gil revelou que sua perspectiva mudou radicalmente após uma conversa com amigos, incluindo a atriz Taís Araújo.
Foi então que ela descobriu a origem pejorativa do termo e sua ligação à escravidão. Na época, as mulheres negras eram tratadas como mulas, sendo exploradas sexualmente por seus senhores.
Quando essas mulheres engravidavam, seus filhos eram chamados de "mulatos". Essa descoberta histórica chocou a cantora, já que ela não tinha conhecimento prévio dessa triste parte da história do Brasil.
Esse episódio doloroso marcou um ponto de virada na vida de Preta Gil. Ele a inspirou a aprofundar seu entendimento sobre questões raciais e a desafiar as ideias preconcebidas que mantinha.
A cantora, desde então, se tornou uma defensora ativa da luta contra o racismo e uma voz importante na promoção da conscientização sobre a história e a realidade racial no Brasil.
A história de Preta Gil ilustra a importância do aprendizado contínuo e da disposição para desconstruir conceitos errôneos em busca de uma compreensão mais profunda sobre as questões raciais. Sua jornada pessoal, desde o momento em que foi vaiada até a transformação em uma ativista antirracismo, demonstra como o conhecimento e a empatia podem ser poderosas ferramentas para combater o preconceito e promover a igualdade racial em nossa sociedade. As informações são do Observatório dos Famosos.