Uma noite de Halloween que deveria ser apenas mais uma transmissão de TV se transformou em um evento que deixaria uma nação em pânico por décadas. Em 1992, a BBC lançou "Ghostwatch", um programa de estilo mockumentary que se passava como um documentário ao vivo, investigando atividades paranormais em uma casa assombrada. O que se seguiu foi um frenesi de pânico, ligações sobrecarregadas e uma maldição que durou anos, diz o Mirror.
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Abalou uma nação
Naquela fatídica noite de 31 de outubro de 1992, os telespectadores britânicos sintonizaram a BBC1 para assistir a "Ghostwatch". O programa, apresentado por figuras conhecidas como Sarah Greene e Michael Parkinson, tinha a intenção de criar uma atmosfera assustadora, mas o que aconteceu superou todas as expectativas.
O enredo segue a história de duas meninas assombradas em sua casa em Londres. O que se tornou "Ghostwatch" especificamente aterrorizante foi a maneira como foi apresentado. Os espectadores foram incentivados a ligar para a BBC e compartilhar suas próprias experiências paranormais. O que eles não sabiam era que tudo era uma farsa elaborada.
A ocorrência do público foi de puro terror. A linha telefônica da BBC ficou congestionada com mais de um milhão de ligações. As pessoas estavam genuinamente convencidas de que estavam testemunhando eventos sobrenaturais ao vivo na TV. A natureza convincente do programa, aliada à falta de informação imediata da época, levou a um pânico generalizado.
Após a transmissão, a BBC recebeu cerca de 30 mil reclamações. O programa foi banido por uma década e tornou-se indisponível na TV britânica desde então. No entanto, o seu impacto perdurou.
Apesar do choque inicial e das críticas, "Ghostwatch" deixou um legado duradouro. Seu estilo de mockumentary influenciou muitos filmes e programas de terror que se seguiram. A capacidade do programa de criar uma narrativa tão imersiva e aterrorizante marcou a imaginação de uma geração.
Trinta anos depois, "Ghostwatch" continua sendo um exemplo clássico de como o poder da mídia pode moldar as percepções públicas. Enquanto a tecnologia mudava e as audiências se tornavam mais céticas, o fantasma do "Ghostwatch" ainda assombra como um lembrete do poder do storytelling e da imaginação humana.