A cantora sertaneja Naiara Azevedo, que procurou a polícia para registrar uma queixa de violência doméstica contra o ex-marido, Rafael Alves Cabral, explicou os motivos que a fazem ter “medo de morrer”. Ela solicitou uma medida protetiva contra o ex-companheiro, que ainda é seu empresário, e citou um seguro de vida em seu nome, de valor muito alto, no qual o homem seria o beneficiário.
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Naiara esteve na Central de Flagrantes de Goiânia, em Goiás, na madrugada desta quinta-feira (30), de onde foi encaminhada para atendimento na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam). De acordo com informações do boletim de ocorrência, divulgado pela colunista Fábia Oliveira, do site “Metrópoles”, ela relatou que preparava os equipamentos para o próximo show, quando o material teria sido retirado a mando do ex-marido.
“Embora tenham se separado, a declarante [Naiara] e Rafael continuaram sócios em equipamentos que são por ela utilizados em seus shows. Desde 2021 [quando se divorciou] ela vem tentando separar seu patrimônio do patrimônio de Rafael, porém, até a presente data não foi feita a partilha de bens”, destaca um trecho do documento.
“Hoje [quinta-feira, 30/811] a carreta usada nos shows estava sendo preparada para amanhã ir a um show e ela soube que seu ex-cunhado, Fernando Alves Cabral, determinou que fossem retirados do veículo todo o backline, o equipamento de luz, o equipamento de led/luz, fogos de artifício e CO2 e outros equipamentos”, diz o texto.
“A declarante esclarece que todos esses equipamentos pertencem a ela e a alguns sócios, dentre eles seu ex-marido e seu ex-cunhado, acima citados. Os objetos foram colocados em um galpão, que foi trancado por Fernando, impedindo-a de usá-los em seu show amanhã. Posteriormente a isso, a declarante recebeu um recado de Fernando no qual ele dizia que se quisesse usar os equipamentos, terá que locá-los, constrangendo-a, portanto, a locar instrumentos/equipamentos dos quais ela também é proprietária.”
Dessa forma, ela solicitou a medida protetiva tanto contra o ex-marido, quanto ao ex-cunhado, e que qualquer outro familiar deles sejam proibidos de se aproximar dela ou de realizar qualquer forma de contato.
Assim, a cantora registrou boletim de ocorrência por constrangimento ilegal, que ocorre quando uma pessoa constrange alguém com violência ou grave ameaça. O caso segue em investigação na Deam de Goiânia.
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‘Medo de morrer’
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a sertaneja relatou que tem sido alvo de ameaças por parte do ex-marido e teme ser morta por ele, principalmente pelo fato do homem ter feito um seguro de vida em seu nome, no qual ele é beneficiário, de valor muito alto.
“Em seu nome, Rafael fez um seguro de vida de valor muito alto tendo ele próprio como beneficiário, por isso a declarante teme por sua vida”, destaca um trecho do documento.
Além disso, a cantora informou que está sem acesso às suas contas bancárias, que são gerenciadas e movimentadas pelo ex-marido e seus familiares. Segundo ela, vários de seus bens, como casas e veículos de luxo, estão no nome de Rafael.
A sertaneja contou à polícia que foi casada por dez anos com o homem e se separou em julho desde ano, depois que sofreu “um episódio de violência física e de ameaça, quando ele [ex] disse que acabaria com sua carreira, com sua vida e também a injuriou”.
Ela relatou, ainda, que tem vídeos que comprovam os atos de violência física e ameaças praticadas por Rafael. O casal teria recebido acompanhamento psiquiátrico no fim do casamento após acusações da parte dele, que a chamava de louca, e uma infidelidade por parte dele.
O que diz o ex-marido?
Em entrevista ao site G1, o advogado Guilherme Capanema, que representa Rafael, informou que ele não foi intimado e não tem conhecimento de todos dos fatos. “Estamos apurando e levantando todas as questões, razão pela qual, no momento, não temos nada a declarar quanto a tal ponto”, disse.
Já a assessoria de imprensa da cantora confirmou que a Naiara esteve na delegacia, mas não detalhou os motivos. “O caso em questão está em segredo de justiça”, afirma a nota.
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