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43 anos depois, um “assassinato sem julgamento”: como a memória de John Lennon sobrevive às balas de Chapman

Estreia uma série documental sobre a morte do gênio dos The Beatles, que reúne documentos e depoimentos exclusivos extraídos da investigação

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No dia 8 de dezembro de 1980, a luz criativa de John Lennon se apagou após quatro tiros fatais que, no entanto, não extinguiram a chama eterna de sua genialidade na música. O membro dos Beatles foi assassinado a tiros nas portas do edifício Dakota, em Nova York, onde residia com Yoko Ono, poucas horas depois de assinar um autógrafo para o mesmo fã que se transformou em seu assassino. Mark David Chapman, de 25 anos, era um ex-funcionário de hospital, que entregou a ele uma cópia do álbum ‘Double fantasy’ para que o artista assinasse. Após isso, Lennon perguntou: “É tudo o que você quer?”, e Chapman apenas assentiu.

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O porteiro cubano do condomínio em Nova York, José Sanjenís Perdomo, tornou-se uma testemunha chave do incidente e, ao longo do tempo, a polícia conseguiu extrair seu depoimento chocante após o assassinato de David Chapman: "John passou correndo ao meu lado. Ele disse: 'me balearam'. Sangue saía da sua boca. Ele simplesmente desabou no chão. Eu o virei de costas, tirei seus óculos e os coloquei na mesa. E Yoko (Ono) gritava 'tragam uma ambulância, tragam uma ambulância, tragam uma ambulância!'", contou o funcionário.

No entanto, já era tarde para "dar uma chance à paz", como proclama o icônico tema que Lennon gravou em 1960 durante a manifestação pacifista realizada em um quarto do Hotel Queen Elizabeth de Montreal.

Coincidindo com um novo aniversário desse fatídico acontecimento, nos últimos dias estreou uma série documental de três episódios de 40 minutos na Apple+ TV, que reconstrói o episódio do assassinato de John Lennon, assim como a investigação e condenação posterior do criminoso, Mark David Chapman.

Documentos e depoimentos sobre Lennon

A produção é narrada pelo renomado vencedor do Emmy Kiefer Sutherland e apresenta entrevistas exclusivas com testemunhas oculares e imagens inéditas da cena do crime, recapitulando a vida e a morte de Lennon, assim como a investigação e condenação do assassino confesso, David Chapman.

‘John Lennon: assassinato sem julgamento’ constitui uma investigação abrangente, aproveitando o fato de que a produção teve acesso exclusivo a documentos do Departamento de Polícia da Cidade de Nova York e ao Escritório do Promotor Distrital.

Entre os documentos que permitem reconstruir o momento em que o ídolo da música foi baleado estão as entrevistas com Richard Peterson, um taxista que testemunhou o tiroteio; José Sanjenís Perdomo, o porteiro cubano do prédio Dakota que ouviu as últimas palavras de Lennon; David Suggs, advogado de defesa de Chapman; Elliot Mintz, confidente do casal Lennon-Ono; e a psiquiatra Naomi Goldstein, que avaliou Chapman pela primeira vez.

No entanto, 43 anos depois, o tempo mostra que a lembrança e a admiração por Lennon não morreram com as balas de Chapman.

LENNON: DAR UMA OPORTUNIDADE À PAZOpens in new window ]

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