A Marvel Studios inicia o ano de 2024 com um tom adulto e sombrio em seu primeiro lançamento: ‘Echo’, uma nova série original disponível no Disney+ e Star+. A trama mergulha na vida de Maya López, que, após um evento traumático, é obrigada a confrontar seu protetor e figura paterna, Wilson Fisk, interpretado por Vincent D’Onofrio. Alaqua Cox, que já deu vida à personagem em Hawkeye, assume o papel principal neste spin-off composto por cinco episódios, disponível na plataforma de streaming a partir de 9 de janeiro.
A série explora os mistérios que cercam a habilidosa lutadora, focando especialmente na complexa relação entre Maya e seu tio, o infame Kingpin. Fisk teceu uma rede de manipulações na vida de López, e agora ela busca se libertar do obscuro submundo criminal para o qual foi treinada.
Sobre o que é 'Echo'?
A série 'Echo', que estreou nesta terça-feira no Hulu e Disney+, conta a história de Maya López, que decide retornar às suas raízes indígenas em sua cidade natal em Oklahoma, localizada no centro dos Estados Unidos, após viver uma vida imersa na criminalidade em Nova York.
Grande parte das interações ocorrem em linguagem de sinais, com legendas, e os cineastas colaboraram de perto com os líderes Choctaw para representar de forma autêntica cenas cruciais, incluindo uma viagem ao passado durante um festival esportivo em Alabama antes do contato com os europeus.
"Estou tão orgulhosa de poder representar uma plataforma que eleva as vozes dos indígenas (...) estamos fazendo isso como deve ser", afirmou Alaqua Cox durante um recente encontro com a imprensa.
No entanto, a série estreia em um momento crítico para a Disney. Seus filmes da Marvel, que dominaram a bilheteria global por pelo menos uma década, estão enfrentando dificuldades, chegando ao ponto em que sua produção mais recente, The Marvels, teve um desempenho decepcionante nos cinemas.
Pela primeira vez desde 2016, a Disney concluiu o ano passado sem o título de ser o estúdio mais bem-sucedido de Hollywood, sendo este reconhecimento para a Universal.
Ao mesmo tempo, a empresa está imersa na guerra cultural dos Estados Unidos, enfrentando críticas constantes da extrema direita e de políticos republicanos que argumentam que sua narrativa se tornou muito "woke", termo usado para zombar de posturas progressistas.
O governador da Flórida e possível candidato presidencial, Ron DeSantis, criticou a Disney, expressando seu descontentamento com a inclusão de personagens não-binários e homossexuais nos filmes da empresa, desde Lightyear até Elementos.
Durante uma conferência de imprensa em novembro, Bob Iger, o CEO da Disney, mencionou que os roteiristas da empresa estão agora mais focados em incorporar ‘mensagens positivas’ e que perderam de vista qual deveria ser seu objetivo principal.
Iger enfatizou sua intenção de ‘voltar às nossas raízes’. “O entretenimento vem em primeiro lugar. Não se trata da mensagem”.